quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Contraste do ano anterior (Spartanos)




Jovens velhos mesmo com papeis dizendo ao contrário, lendo sobre vidas de mil anos, pensando em como escrever enquanto vemos a juventude nos abandonar, fotos e lembranças sendo jogadas sem nem ao menos percebermos os traços novos. De onde vem essa vontade de fugir de mim? Por que não pode apenas me proteger como antes? Nossas conversas são de longe as mais aflitas.
Sinto sua falta, eu tinha um espelho até alguns meses, hoje já lhe vejo quebrando os próprios sonhos, não fechando os olhos no escuro, e mais uma vez afundando em seu barco... Que não tem seu nome. Eramos mestres de todos os tons, apesar de crescermos separados nunca houve mentiras, olhar para os lados só nos tira do caminho da frente, sem medos nem segredos, nunca precisamos disso. Hoje tenho o amor mais precioso de todos, estou sorrindo cada dia mais, e também quero te ver assim, lutamos tanto merecemos isso, não pense que a batalha acabou, não caia antes da hora.
Pode parecer meras palavras, mas a cidade continua queimando, com ou sem nós, assim como tenho a estrela que ilumina minhas noites e meus planos, quero que procure forças em mim, observe com atenção, lhe imploro para traçar novas histórias, é algo estranho de se dizer, mas nesse momento me tornei o mais velho, e as areias podem tentar te tirar de mim, mas meu irmão, preste a atenção, e volte para sua moradia, eu e minha amada nos sentiríamos honrados em te ver sorrindo novamente... Verdadeiramente. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Abra seus olhos e olhe para o Norte



Milagrosamente recém saído da casca, e já acredita que há algo negro atrás de todos os sorrisos, danças que movem areias do passado, e alguém muda os tons do mundo, e o dizem que hoje irão para longe, para que ninguém mais os encontre. Me sentia apenas um número, me sentia deslocado de um jeito que ninguém intendia, uma tentativa de fracassar quando "crescer", e você de repente foi uma perfeita e pequena luz em um mundo onde ninguém parava, todos com suas marcas e uniformes.
Pétalas de angústia roxas pela mesa, um drink apenas para não exaltas os pensamentos, ruídos de portas, e esboços de gritos que arrepiavam suas costas mesmo com ela carregando tanto peso da alma. A fumaça o escondia em seu mundo, onde talvez todos não o tentassem torturar, pois, ele tinha um tesouro, algo que esse mundo perdeu, ele tinha um amor tão puro, e registros que protegia em uma capa de couro, pois queria guarda-los para sempre, mas nunca imaginou que tentariam tanto assim o arrancar o coração, que ele já havia entregue para a parte pura de sua vida. Em meio a tanto desespero só ela poderia o salvar, mas todos já sabiam disso, algo que esse mundo já perdeu... 
Raiva fluindo por palavras quaisquer de bocas alheias, espero que o falso veneno suma, pois, não sei como me levantar sem você me surpreendendo com abraços e cigarros compartilhados de surpresas. Cobertas para um lado e toalhas úmidas para outro, e na manhã seguinte a noite parece ter sido tão curta perto do que nos esperava durante o dia, a semana, enfim, o resto dos dias. Me segure na mão, e não desista do caminho, ainda jogaremos tudo longe, ainda tentaremos rever ideias entre folhas, ou até mesmo as que se perdem durante ligações que não acabam nem com o tímido sumir do Sol. 


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Amanhecer do Verão (O dia em que o Sol brilhou)




No intervalo de cada palpitação forte dessa pequena caixa em meu peito, vejo cenas longas nossas. segredos e desculpas entre abraços e lágrimas, durante 2 palpitações questões surgiram rapidamente enquanto me afogava em meio a destruição que tudo fica sem você por perto. Deixe-me começar de novo, em quase todas as tardes sozinhos seu cheiro se torna presente em tudo o que faço, até suas velhas cartas eu vejo refletidas no espelho, onde vejo que progredimos. volte aos meus braços e encaixe todos os eixos soltos, de um jeito torto e nada convencional entrei e deixei minhas marcas, mas com um canto profundo e melodramático você conseguiu chegar perto do canto que me escondia. 
Minha pequena estrela cadente que a cada dia incendiava mais a minha rotina. me acostumei a voar quando te encontrei, querida tive tantos tombos e quebras expostas, mas você angelicamente com doces olhos verdes curou e renovou cada pedaço de passado que em mim existia. Magicamente me fez jorrar alegria, me banhou de felicidade, e todas as ideias e dedicações iam de encontro com seu suave e tranquilizante sorriso. Cada promessa marcada com lágrimas tocaram profundamente um corpo que antes era cheio de rancor, arrependimentos e medo, o maior medo, o de não ter medo. 
Criei limites e estadia fixa, agora me envolvo em calor, a cada dia mais inspirado para viver e suportar toda essa "barreira" do cotidiano. Amanhã terá uma nova canção sobre o mesmo sentimento, talvez seja hora das velhas calças desbotadas e manchadas de barro,serem substituídas por trajes de gala, pois minha rainha irá me ver sorrindo hoje a noite. 


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

( A Queda do que nunca esteve em pé ) 

De costas para a mentira, me vejo queimando entre indecisões, todas essas palavras dos últimos dias foram puras, e finalmente sei que será longa a espera, mas sei que nunca será tarde para reencontrar, juro que esperarei, se você também puder me esperar. Talvez eu não veja mais as cores, e nem volte a voar, talvez eu sinta a pior dor de todas, algo tão indescritível quanto os olhos que foram os faróis de esperança. Pode ser tarde para te relembrar o que faria pela a nossa eternidade. Tenho que ser honesto comigo mesmo, talvez eu tenha errado o caminho, não há mais nada para desenhar entre as estrelas, todos aqueles abraços ficaram em minhas palavras, e hoje as uso para dizer que lhe darei tudo o que tenho, assim poderá acreditar que todo esse tempo eu realmente fui real.
Tudo o que deixarei são algumas duvidas, detalhes despercebidos durante anos, cicatrizes em um corpo dentro de uma caixa, algo que desenho algum consegue esconder de minha alma.
Um antigo sentimento dizendo adeus, juntamente a ele vem o medo, e a covardia, mas sob tudo isso a certeza de que não errarei mais. Apenas prosseguirei como sempre andei, invisível, e essa foi a saída que achei, a porta rubra da vergonha, esse é meu modo de puni-lós por me punirem. Esse é meu jeito de me libertar, de todas essas lagrimas e peso, o peso da carne.
Tudo a minha volta se tornou inválido sem seu calor, agora evito que beije meus lábios frios, não quero nem que me veja enquanto caminho para algum lugar. Uma cabeça rica em memórias, sei que será forte, todos serão.
Esse é meu modo de dizer tchau, assim como toda a minha vida, vazio, frio, e sem sentido, e apenas no final descobri que poderia ser feliz, mas os erros sempre baterão a porta, para bem alheio, vos deixo apenas meras palavras, meros sinais, agora não há mais volta, provarei o meu amor por ela assim, deixando um poema como aqueles que ninguém nunca viu, uma lembrança amarga, um medo e talvez, mas, somente talvez... Não, 
Obrigado pelos meses de luz, pelas noites quentes, obrigado por me fazer alguém, obrigado por me imaginar como herói, o qual eu nunca mereci ser chamado.



(Ninguém é tão culpado quanto eu) 

Assim como doces sonhos são vistos como borboletas, eu sou a traça negra do jardim sem vida, vejo as estações mudando e não posso mais voar como uma criança, me perco em meio as lágrimas cinzas, a muito tempo não sei como correr. Como um arco-íris você coloriu o meu céu, talvez fosse predestinado a benção em minha vida, mas por medo continuo como um Zumbi, apenas andando, nem o vento mais me procurou. Tentei de todas as formas fugir disso, mas essa dor e vazio me perseguem, cada dia sentindo o amanhecer mais gélido, cada passo é um pouco de terra retirada de minha cova. 
Coisas do coração deixarei somente em seu nome, nunca mudarei essa canção, no final o Jardineiro cortará o galho em que está meu aconchego, logo mais, me tornarei as cinzas por trás de uma tragédia, e o final foi escrito por duas mãos, pois já não sabia como caminhar. Eu disse que seria eternamente jovem, mas não disse quando acabaria a eternidade, assim como meus planos, fui exagerado e tive tanta sede de vida, que acabei me afogando, a luz foi tanta para uma pele frágil e cortada pelo tempo, pelo curto tempo...
Espero que não chore, eu estou a caminho da liberdade, e talvez algum garoto se inspire em mim, mas sem meus erros, espero que sigam suas missões, pois estou feliz, estou perto do fim, e sinto o Criador pegando a minha mão, como se me concedesse a vida eterna, a parte negra em minha mente se torna clara e suave, e não me sinto preso a dor. Espero que meus raros momentos de risadas sejam guardados dentro de cada um que o merece, espero poder cuidar de tudo esteja vocês aonde estiverem, procurem sempre pelo conhecimento, isso muda vidas, pena que não soube usar o meu.
Muitas ideias e muita astúcia, eu acho que estou bem e estou pronto, muitas mistérios faram de minha história sempre incompleta. O amor da donzela de olhos claros foi a minha morte, o vento me avisou mas me deixei levar pelo veneno, a cada dia me torno mais escravo do desejo, mais fraca e necessitado. Todos que ficarem não se escondam atrás do passado, o Sol voltará no Verão.





sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Asgard



Em mais uma Lua, eu despertava ao som da trombeta do guerreiro que estava na proa procurando por Terras novas, procurando pro algo para a geração seguinte se esbaldar, e ter onde voltar após as grandes batalhas. Eu tinha apenas a fiel companhia de meus irmãos, e todos os pecados cometidos guardava no bolso ao lado de minha espada, tambores batiam ao chegar de novas Eras, nas runas sagradas, escrevemos como os Deuses nos abençoariam, assim como mil caíram perante o Orgulho do guerreiro. Foi quando vi, a Deusa pura, me chamando para o paraíso, onde ela manteria essa velha carcaça livre de todos os medos e fantasmas de erros que sangraram e fizeram questão de ficar marcados em cicatrizes.
Mesmo com um coral de malditos impedindo  a minha ida,  eu  fui mais forte e bravamente venci, de meu bolso saquearam algumas moedas, de meus trapos só deixaram minhas botas, pois elas sustentavam um mundo todo. Minhas mãos marcadas pelo curto tempo em grandes batalhas vieram como dois martelos julgando os que estavam ao meu lado ou não, apenas vi a Deusa de uma sabedoria simples mas que nunca esses olhos tristes e rancorosos aviam visto, mostrou a velha barba que ela poderia ser tirada assim como toda aquela história que me banhava de más escolhas, e covardia.  Na manhã seguinte meu nome era cantado pelas jovens sonhadores, eles diziam que eu teria vencido a vida, pois a destruí com uma nova, onde as mesas são fartas de sabor, e as tempestades de flechas não invadiam meu aposento guardado pela libertação, que tinha tomado forma de um corpo escultural e olhos tão claros quanto a lua em um mar onde tubarões eram apenas andarilhos.
Mil anos lutei, mil vezes me vi no passado, e não me vi presente no futuro, óh Deusa, agora estou em seus aposentos, sedento por fogo, se ouvia a fornicação em outros reinos, e todos a invejavam, pois havia eu encontrado o sentido da vida, não estava em baús, muito menos pendurado em correntes, mas estava nas mãos da donzela que havia salvado, o guerreiro que mais lembrava o ogro. A donzela que derrubou o martelo de ódio que costumava macetar crânios, as mãos que antes estrangulavam, agora fazem carinhos em uma pele delicada como a seda que era usada em trapos de monstros ricos, a donzela o salvou, dele mesmo. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Sob uma nova lei




Correndo juntos em direção ao perigo, como duas crianças sorrindo mesmo em um dia frio, nos arriscando para viver, cada passo silencioso em direção ao refúgio era um passo de uma história que marcava ali uma vida nova. Cobertas marcavam nossos rastros pela casa, lábios jorrando mel da vida, quebramos todo mistério da noite pelos cantos de um quarto, deixamos tudo jogado, as janelas fechadas nos davam a segurança e a certeza de uma noite longa e única. Descobri como me salvar quando você desenhou os enigmas em meu peito, quando sua respiração ofegante estava em meu pescoço percebi que o nosso caminho era muito mais longo, e com muitas flores, aquelas mais vermelhas, pois era assim que eu via todas elas. 
Vi o Inverno cantando sobre novos dias, mas achei loucura dizer que já estávamos em uma nova estação, pois o céu estava cinza, e as folhas ainda não haviam voltado a vida. Paralisado ainda consegui te observar caminhando pelo corredor com seu prato cheio de certezas, com aquelas cobertas nos aquecemos de todo o medo de uma complexa e dura vida. 
A Cura para as dores estava logo ali, na nossa frente, quente os nossos corpos não viam a hora passar, e até a Lua já havia se escondido quando decidimos adormecer. Algumas portas fechadas e outras abertas, finalmente achamos um jeito de concretizar sonhos antigos, por um segundo me senti dono de todos os seus sentimentos, todo seu prazer sendo arremessado direto a mim, todos seus desejos entre os arranhões em minhas costas, marcas que me farão dormir bem durante muito tempo. 
Um rio de momentos que nunca voltaria, mas me vi refletido nele, sem nenhuma cicatriz, apenas sorrisos. Tantas responsabilidades para tão pouco tempo, aprendi tanto somente observando e fico eufórico para colocar em prática, afinal, agora estou vivo o suficiente parar poder morrer em paz.