terça-feira, 27 de março de 2012

Vivendo de Pessimismo






Sinto a escuridão complicando minha vida, a escuridão que vem dos meus pensamentos, quer dizer, quanto mais penso tudo parece mais "pesado" e concreto de que "não dará certo".
Quer dizer que minha dor foi criada por mim mesmo? Querida, não entendo a sua dor. Vendo meus pais, vi o brilho que tinham pela vida, coisas simples, mas que os alegravam o velho e costurado coração, palavras simples, sorrisos meigos e de poucos dentes, é o que os faziam felizes e os tiravam daquele mundo pessimista e cinza.
Aquele velho violão o qual cresci ouvindo tons que marcaram minha infância, esse velho violão que hoje choro em cima, ele esta coberto de dor, e perguntas...
Um pessimista de carteirinha, mas também um homem não só de palavras cinzas, mas com uma alma engaiolada por medos e dúvidas.
Acho que deveria ser igual meus país...
Hoje acordei um pouco mais alegre, até segurei o telefone na esperança de você me ligar no mesmo horário, mas isso foi pedir demais. Quer dizer que quando sonhamos é porque queremos demais? Por que me avisaram isso agora? Devia ter ouvido os meus pais.
Olhei como sempre no mesmo horário, mas o telefone não tocou, pode ser loucura minha, mas ainda acho que deveria vir correndo para mim na calada da noite.
Ou quando eu ligasse com perguntas bobas, você deveria perceber que quero sua presença aqui. Meu coração palpita quando você me xinga, pode ser idiota, mas é um sinal de que você repara em mim.
Você me mostrou uma vida tão cheia de brilho ao seu lado, fico com medo da velha vida cinza... Um pássaro pessimista com medo da própria alma... Deveria ser igual a minha mãe...
Todas minhas idas e vindas, hoje vi, que não foi necessário cair tanto, era só eu olhar para o lado...
Deveria ter sido como meus pais... 
Um sorriso não tão apagado, uma vida não tão animada quanto queria, ma estou bem assim, observei muito a simplicidade de meus pais. Acho que quando resolvi encarar o mundo, não pensei que seria assim, meu medo se congelou e deixou tudo mais frio, queria ser aquele velho otimista, sorrindo sem motivo, mas sobre minhas questões de vida não deixo ninguém criticar.
Vi aquela rosa desabrochando e se tronando algo simples, mas perfeito... Será que se eu ouvisse mais minha mãe, poderia viver assim? Simples mas perfeito.
Desculpe se não fui o mais otimista, se dei esmola a menos, ou esqueci orações na mesa de jantar... Mas queria ter vivido mais com minha mãe... 



sexta-feira, 16 de março de 2012

Cronicas mal vividas



É estranho descrever como a vejo, como se viesse com "boas" intenções, mas ao mesmo tempo me causa medo, aliás, em todos ela causa isso.A dias está aqui em minha cabeça, sussurrando em cada pensamento que regurgito, em cada palavra que vendo, ela consegue chegar sem eu ao menos impedi-lá.Dizem que nunca é tarde... Mas não é bem assim.
Quando entra eu meu quarto, ela fica e dança conforme eu chore minhas dores, a amiga dela (Angústia), sempre está por perto, e tem terrível a mania de agarrar meu peito e ficar por ali mesmo, sem ser convidada.Ela sobe e desce escadas, bate em portas, nem ao menos me deixa ler.Não que eu goste, mas de pouco a pouco eu vou aceitando, ela existe, e se ela existe eu não posso existir.
Tudo o que fiz, espero que não vire poeira, e tudo o que tenho, espero que não fique com muito de mim, só o bastante para saber que já caminhei por aqui, que tive meus momentos, e tentei ter mais... Mais do que queria, antes do que eu podia...
Ouço você dizendo que seria tudo diferente, mas daqui um, ou dois meses duvido que veria a nossa foto.Viveria de novo perto de tudo o que já tive? Você disse que está tudo bem, e iria comigo, mas permaneça, para você nunca é tarde.Coisas que marcamos com fotos cerebrais e tentamos não chorar sozinhos, abraçados a vida parecia tão certa e presunçosa, tudo aquilo para ficarmos vivos, mas nunca é tarde... 
Tardes e mais tardes sobre a nostalgia de como tudo poderia ser, canções e mais canções sobre como deveria ser.Um mundo que nunca existiu. uma questão de melhoria nunca ouvida, tudo que abracei, me dizendo que nunca é tarde demais.Conquistei meu lugar, e permaneci enquanto consegui ficar em pé...
Meu medo era ficar só, mas hoje, tenho medo de te deixar só, palavras são o que eu deixo para se lembrarem do quanto fiquei vivo, talvez foi pouco, talvez foi muito, mas para mim foi o suficiente, talvez, mas somente talvez, eu tente de novo.
Até...

quarta-feira, 14 de março de 2012

A morte para mim ( Histórias que ainda não contei )



Coisas que eram tão difíceis até de pensar, agora digo com uma garrafa de whisky na mão, coisas complexas sobre a vida que tenho, que poderia ter, ou que já tive.As vezes acho que não sei mais nem meu nome, e nem como durmo anoite.Acordo em meio do clarão dos pensamentos, sem saber o que seria a "morte" para mim.
Um velho sábio descobrindo minhas mentiras, um dragão contradizendo minha juventude, minha música por um garoto tão velho quanto eu, e a sombra da minha garota que me ensinou a voar.Coisas que disse  somente na mente, fotos cerebrais que jamais revelarei ao mundo.Como consegui dormir essa noite sem vocês? 
Meu amor sobre todas as coisas que canto, escrevo, e vejo... Como seria se de repente eu sumisse? Alguém continuaria a me ligar na esperança de eu atender? Alguém esperaria até as 3:00 da manhã para ver se eu dormi? Alguém me xingaria por minha "má-alimentação" ? 
Se eu sumisse, procurariam pelas coisas que eu disse? ou, ao menos se lembrariam dos meus lugares secretos, onde ainda há bitucas, e mais bitucas sobre lágrimas que hoje se tornam motivos de risadas.Quedas, erros, coisas que fizemos que somente o nosso "melhor amigo" lembra, coisas que nos fazem rir, e nos sentirem maiores, maiores do que já fomos, e talvez do que realmente somos.O que é de um homem sem seu irmão? O que seria um de um homem sem sua garotinha, um leão precisa de um lar, precisa de sua paz, mas também precisa "caçar" em manada, precisa sentir o vento da vida pelo seus longos cabelos, manchados de sangue de batalhas.
O que seria da minha música sem minha musa? Ou sem meu cigarro apagado no canto, do lado esquerdo m pouco pro lado da xícara de café gelado... O que seria de mim sem minha "geladinha" com os amigos? Sem os olhos vermelhos e risadas sobre coisas que vimos, mas não estava lá.
Dessa vez, reuni tudo, guardei em um bauzinho, com um cadeado, a chave só nós sabemos, a combinação de felicidade, são todos esses prazeres juntos, os mesmos que me fazem rir, chorar, gritar... viver...
A morte para mim...? 
Seria estar longe de tudo isso, tudo isso que sou e cultivo... Obrigado



segunda-feira, 12 de março de 2012

Promessa Quebrada



Confesse suas mentiras, confesse as minhas mentiras, comece a falar sobre coisas do coração que esquecemos de guardar, olhe para mim nesse momento, estamos mesmo juntos essa noite?
Quem se perdeu primeiro nas promessas? eu? ou você com suas mentiras cobertas de saudades... 
Se realmente disse adeus para quem você já foi, por que insiste em olhar para trás? coisas sobre você que talvez nem seus olhos vêm.
Grite o quanto for possível, mas, nesse momento eu estou a 10 segundos de dizer adeus para quem sou, dizer adeus para uma noite com você... Comece com suas mentiras essa noite, coisas do mundo que vivo que você nunca se interessou, cosias que vivi, e ninguém contou, coisas que vocês fez e senti saudades de como se machucou.Você sabe que não foi você mesma naquele momento, sabemos que não vivemos a 7 meses atrás, começamos com aquela noite, conhecemos o nosso mundo em apenas uma noite.Todas aquelas palavras me tocaram profundamente, como se fosse doces timbres entrando e marcando minha alma, com promessas, promessas que você mentiu.Como deveria terminar aquela noite? Como quem eu fui? Como quem você já foi? Ou como quem queríamos ser...?
Aquelas palavras suas, resultaram em meu adeus, faça como você quiser, mas, você consegue viver com o peso da "morte" em sua alma? E se for o peso da própria morte...? 


sábado, 3 de março de 2012

Vento do Sul



Antes de dormir, lembrei como sentia falta da paz interna, aquela paz trazida pelo vento do sul, rapidamente me levanto em plena madrugada e vejo fotos de lugares aonde passei noites, lugares onde senti essa paz interna, rios onde lavei a alma, mares onde limpei o coração, e você não faz ideia do quanto faz falta pra mim...
Incisões na minha pele que fiz quando a escuridão caiu, olho rapidamente para o outro braço, e vejo que já não preciso disso, pois, hoje não me vejo sozinho aqui... Aqui dentro de mim.
Oh meu amor, pudera eu ser aquele vento refrescante que te toca anoite, e te alivia dos medo, quisera eu ser o timbre suave do violão que te acalma e faz suspirar... Talvez algum dia, eu não te solte mais quando você me abraçar.Você não imagina como seria a minha vida sem suas palavras e manias repetitivas, eu também não preciso imaginar isso.Semana passada senti tanta falta de mim quando você foi, aqui não parou de chover, e isso transbordou pelos meus olhos.Fiz uma nova canção tentando explicar coisas que minha alma suplicava para meu coração gritar.
Seria bom se você pudesse vir me dar um "Bom dia" todas as vezes que minhas pálpebras se abrissem sob a luz fraca do amanhecer, seria uma "sorte" muito grande... Sorte é algo que nunca acreditei que acreditasse em mim, mas com as suas ultimas palavras ao desligar o telefone consegui me olhar no espelho e dizer "Sou um cara de sorte." 
Nesse instante em que estou calado, nesse misero minuto mil coisas passam pela minha cabeça, mas nada mais importa, porque eu estou começando a viver...
E nessa estrada de meu coração até a minha mente pesada e cansada de mais um cigarro que fumo com pressa, e mais café quente para me manter em pé, essa está repleta de frases suas interligando qualquer sentimento.Me achei em meio a  escuridão graças a sua voz.A minha voz junta aqueles tons suaves do meu violão, também te acalmaram, e se a escuridão caísse nesse momento, e todos os meus medos aparecessem no fim da estrada, eu não correria, apenas me guiaria pelo seu coração, mesmo que a fumaça do meu cigarro parece de cantar, e eu estivesse sozinho me divertindo, procuraria pela sua voz, para não me machucar, procuraria suas formas, mas nós já estamos juntos nessa escuridão. 

quinta-feira, 1 de março de 2012

Canção contra a maldita solidão



Sabe aqueles olhares de ódio, ou até mesmo desprezo, sou cercado disso todos os dias, pessoas que nunca me viram e que se eu tiver sorte nunca mais me verão me olhando desse mesmo jeito, como se olhassem um fétido saco de lixo em uma manhã de sábado, mas na verdade quem está sobre as calçadas sou eu.
Não sei porque me importar com isso, mas talvez em um dia cinza onde chove tristeza e escorre dores pleos vidros dos quartos, nesses malditos dias qualquer idiota estraga seu dia.Talvez se eu pintasse meu horizonte poderia ter um raio de luz a mais para conseguir iluminar os pensamentos mais nítidos de loucura sobre minha rotina... 
Quando gritamos na noite passada, você disse "Eu te odeio" aposto que não esperava me ouvir dizer "Eu também me odeio!", mas me desculpe por soltar demônios que jurei que guardaria dentro do lado esquerdo de minha mente, juntamente com suas mentiras, e promessas quebradas, são coisas que jurei que nunca mais existiriam.
Eu sei que ao tocar aquela triste música no canto do meu quarto, eu sei que você apareceu por lá, somente para me lembrar o que eu nunca me lembrei de esquecer.Caiu mais uma vez levando meu coração junto com seus desejos, e se assustou ao ver quem eu sou, mas se você me ouvisse, esqueceria essas histórias que as pessoas contam de mim, essas histórias de quando nem sabia quem eu sou.
Noite passada cantei sobre o nosso "cantinho no meio do mato", desculpe chorei mais uma vez... Igual no dia em que te vi distante, imaginei que não viveríamos mais, justo agora que as rochas se tornam cada vez mais liquidas, e a escuridão se torna menos densa, me machuquei ao não sentir sua voz.Mas estamos descendo estrada abaixo, para longe da escuridão, estamos indo viver...