sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Velhas Crianças




Bem vinda ao meu amanhecer de domingo, todas as preocupações se perderam com a bebedeira da madrugada anterior, hoje, só somos eu e você, um garoto e uma garota, vestidos de adultos, mas naquela idade onde achamos que tudo dará certo de uma forma extremamente fácil. Algumas coisas ficaram na porta, talvez sejam nossos medos meu amor, meu violão e sua voz enchem de alegria a nossa sala, me sinto invencível... Estamos cantando sobre a nossa vida. 
Quando seu telefone tocar, não atenda, nosso bolo pode queimar, pois hoje, somos apenas eu e você, correndo de meias, escorregando em pizzas, sendo incríveis com nossas incríveis almofadas de guerra, nossos pijamas que não combinam, e uma ou duas xícaras de chocolate quente, para nós, guerreiros disfarçados em uma sociedade cinza.
 Mesmo que o amanhã seja como o antes de ontem, digo que o hoje, não acabará, só para fazermos mais pasteis, só para voltarmos para a cama, onde somos apenas eu e você.
Ainda prefiro as imagens que guardo no coração, meu Deus, quem convidaremos para o Natal? Acho que apenas aquela sua amiga que sempre esqueço o nome. Talvez até lá mudaremos as cores e os lugares, brincamos de "gente grande" o ano todo, quem disse que não desligarei o telefone esse fim de semana?
Por mais louco e novo que pareça, nos foi oferecido tudo, e apenas ficamos na espreita, agora, é só viver. 
Ensinávamos um velho amigo a sorrir, agora mostramos como se transforma "alegria" em Felicidade...




Dedicado a um velho amigo,  Bruno Guimarães 



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

... Joseph Allan Manson




 A canção dos surdos começa, poucos a ouvem, muitos a sentem, o Tom sustenido lhe deixa mais sombria, até as janelas serem abertas e vermos que o que ela descreve é o que estava lá fora, coberto por nuvens, cinzas, pesadas... 
O Olhar no espelho revela noites de pecados adolescentes, que ninguém ouviu ou viu, uma lembrança que talvez nunca existiu, o cabelo embaralhado como a memória da própria existência, que também se perde entre as fortes dores carnais. Quanto mais alto o pianista prosseguia com sua horrorosa canção, objetos espectrais rodavam em volta de todos ali presente. e a neblina surgia tanto no teatro das sombras quanto nas mentes que se torturavam com o escuro sufocante e gélido. Em leve efeito gravitacional andava entre becos de suas antigas fotos, mas essas malditas realidades cortadas e omitidas, escondiam árvores as quais corpos balançavam com o vento amarrados com cordas que dizem que o próprio demônio fez. 
A velocidade da música aumentava, como um trem desgovernado em direção ao precipício, tão sádico quanto dramático, notas afiadas atravessando tímpanos limpos de qualquer sanidade. O enredo em um todo, é tão macabro, mas ao mesmo tempo tão provável. Algo invisível em todas as rotinas, um medo que só aparece quando a vemos, sim, a ceifadora, ela não deixa ninguém escapar, 
Ao final de tal concerto lírico, pasmados, esquecem aonde estão, esquecem suas crenças, se perguntam quem são e para onde vão, sim, a sanidade os abandonou, agora são corpos que vagam, que seguem a rotina imposta por uma sociedade sem intuitos liberais, apenas vestido com o que mandam, e marcado por números, os malditos números, perseguindo a todos em qualquer esquina, ou beco.
No final, todos estão ali, do outro lado do espelho... Manipulados por uma vida distante da vida real.



.... Joseph Allan Manson 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Contraste do ano anterior (Spartanos)




Jovens velhos mesmo com papeis dizendo ao contrário, lendo sobre vidas de mil anos, pensando em como escrever enquanto vemos a juventude nos abandonar, fotos e lembranças sendo jogadas sem nem ao menos percebermos os traços novos. De onde vem essa vontade de fugir de mim? Por que não pode apenas me proteger como antes? Nossas conversas são de longe as mais aflitas.
Sinto sua falta, eu tinha um espelho até alguns meses, hoje já lhe vejo quebrando os próprios sonhos, não fechando os olhos no escuro, e mais uma vez afundando em seu barco... Que não tem seu nome. Eramos mestres de todos os tons, apesar de crescermos separados nunca houve mentiras, olhar para os lados só nos tira do caminho da frente, sem medos nem segredos, nunca precisamos disso. Hoje tenho o amor mais precioso de todos, estou sorrindo cada dia mais, e também quero te ver assim, lutamos tanto merecemos isso, não pense que a batalha acabou, não caia antes da hora.
Pode parecer meras palavras, mas a cidade continua queimando, com ou sem nós, assim como tenho a estrela que ilumina minhas noites e meus planos, quero que procure forças em mim, observe com atenção, lhe imploro para traçar novas histórias, é algo estranho de se dizer, mas nesse momento me tornei o mais velho, e as areias podem tentar te tirar de mim, mas meu irmão, preste a atenção, e volte para sua moradia, eu e minha amada nos sentiríamos honrados em te ver sorrindo novamente... Verdadeiramente. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Abra seus olhos e olhe para o Norte



Milagrosamente recém saído da casca, e já acredita que há algo negro atrás de todos os sorrisos, danças que movem areias do passado, e alguém muda os tons do mundo, e o dizem que hoje irão para longe, para que ninguém mais os encontre. Me sentia apenas um número, me sentia deslocado de um jeito que ninguém intendia, uma tentativa de fracassar quando "crescer", e você de repente foi uma perfeita e pequena luz em um mundo onde ninguém parava, todos com suas marcas e uniformes.
Pétalas de angústia roxas pela mesa, um drink apenas para não exaltas os pensamentos, ruídos de portas, e esboços de gritos que arrepiavam suas costas mesmo com ela carregando tanto peso da alma. A fumaça o escondia em seu mundo, onde talvez todos não o tentassem torturar, pois, ele tinha um tesouro, algo que esse mundo perdeu, ele tinha um amor tão puro, e registros que protegia em uma capa de couro, pois queria guarda-los para sempre, mas nunca imaginou que tentariam tanto assim o arrancar o coração, que ele já havia entregue para a parte pura de sua vida. Em meio a tanto desespero só ela poderia o salvar, mas todos já sabiam disso, algo que esse mundo já perdeu... 
Raiva fluindo por palavras quaisquer de bocas alheias, espero que o falso veneno suma, pois, não sei como me levantar sem você me surpreendendo com abraços e cigarros compartilhados de surpresas. Cobertas para um lado e toalhas úmidas para outro, e na manhã seguinte a noite parece ter sido tão curta perto do que nos esperava durante o dia, a semana, enfim, o resto dos dias. Me segure na mão, e não desista do caminho, ainda jogaremos tudo longe, ainda tentaremos rever ideias entre folhas, ou até mesmo as que se perdem durante ligações que não acabam nem com o tímido sumir do Sol. 


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Amanhecer do Verão (O dia em que o Sol brilhou)




No intervalo de cada palpitação forte dessa pequena caixa em meu peito, vejo cenas longas nossas. segredos e desculpas entre abraços e lágrimas, durante 2 palpitações questões surgiram rapidamente enquanto me afogava em meio a destruição que tudo fica sem você por perto. Deixe-me começar de novo, em quase todas as tardes sozinhos seu cheiro se torna presente em tudo o que faço, até suas velhas cartas eu vejo refletidas no espelho, onde vejo que progredimos. volte aos meus braços e encaixe todos os eixos soltos, de um jeito torto e nada convencional entrei e deixei minhas marcas, mas com um canto profundo e melodramático você conseguiu chegar perto do canto que me escondia. 
Minha pequena estrela cadente que a cada dia incendiava mais a minha rotina. me acostumei a voar quando te encontrei, querida tive tantos tombos e quebras expostas, mas você angelicamente com doces olhos verdes curou e renovou cada pedaço de passado que em mim existia. Magicamente me fez jorrar alegria, me banhou de felicidade, e todas as ideias e dedicações iam de encontro com seu suave e tranquilizante sorriso. Cada promessa marcada com lágrimas tocaram profundamente um corpo que antes era cheio de rancor, arrependimentos e medo, o maior medo, o de não ter medo. 
Criei limites e estadia fixa, agora me envolvo em calor, a cada dia mais inspirado para viver e suportar toda essa "barreira" do cotidiano. Amanhã terá uma nova canção sobre o mesmo sentimento, talvez seja hora das velhas calças desbotadas e manchadas de barro,serem substituídas por trajes de gala, pois minha rainha irá me ver sorrindo hoje a noite. 


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

( A Queda do que nunca esteve em pé ) 

De costas para a mentira, me vejo queimando entre indecisões, todas essas palavras dos últimos dias foram puras, e finalmente sei que será longa a espera, mas sei que nunca será tarde para reencontrar, juro que esperarei, se você também puder me esperar. Talvez eu não veja mais as cores, e nem volte a voar, talvez eu sinta a pior dor de todas, algo tão indescritível quanto os olhos que foram os faróis de esperança. Pode ser tarde para te relembrar o que faria pela a nossa eternidade. Tenho que ser honesto comigo mesmo, talvez eu tenha errado o caminho, não há mais nada para desenhar entre as estrelas, todos aqueles abraços ficaram em minhas palavras, e hoje as uso para dizer que lhe darei tudo o que tenho, assim poderá acreditar que todo esse tempo eu realmente fui real.
Tudo o que deixarei são algumas duvidas, detalhes despercebidos durante anos, cicatrizes em um corpo dentro de uma caixa, algo que desenho algum consegue esconder de minha alma.
Um antigo sentimento dizendo adeus, juntamente a ele vem o medo, e a covardia, mas sob tudo isso a certeza de que não errarei mais. Apenas prosseguirei como sempre andei, invisível, e essa foi a saída que achei, a porta rubra da vergonha, esse é meu modo de puni-lós por me punirem. Esse é meu jeito de me libertar, de todas essas lagrimas e peso, o peso da carne.
Tudo a minha volta se tornou inválido sem seu calor, agora evito que beije meus lábios frios, não quero nem que me veja enquanto caminho para algum lugar. Uma cabeça rica em memórias, sei que será forte, todos serão.
Esse é meu modo de dizer tchau, assim como toda a minha vida, vazio, frio, e sem sentido, e apenas no final descobri que poderia ser feliz, mas os erros sempre baterão a porta, para bem alheio, vos deixo apenas meras palavras, meros sinais, agora não há mais volta, provarei o meu amor por ela assim, deixando um poema como aqueles que ninguém nunca viu, uma lembrança amarga, um medo e talvez, mas, somente talvez... Não, 
Obrigado pelos meses de luz, pelas noites quentes, obrigado por me fazer alguém, obrigado por me imaginar como herói, o qual eu nunca mereci ser chamado.



(Ninguém é tão culpado quanto eu) 

Assim como doces sonhos são vistos como borboletas, eu sou a traça negra do jardim sem vida, vejo as estações mudando e não posso mais voar como uma criança, me perco em meio as lágrimas cinzas, a muito tempo não sei como correr. Como um arco-íris você coloriu o meu céu, talvez fosse predestinado a benção em minha vida, mas por medo continuo como um Zumbi, apenas andando, nem o vento mais me procurou. Tentei de todas as formas fugir disso, mas essa dor e vazio me perseguem, cada dia sentindo o amanhecer mais gélido, cada passo é um pouco de terra retirada de minha cova. 
Coisas do coração deixarei somente em seu nome, nunca mudarei essa canção, no final o Jardineiro cortará o galho em que está meu aconchego, logo mais, me tornarei as cinzas por trás de uma tragédia, e o final foi escrito por duas mãos, pois já não sabia como caminhar. Eu disse que seria eternamente jovem, mas não disse quando acabaria a eternidade, assim como meus planos, fui exagerado e tive tanta sede de vida, que acabei me afogando, a luz foi tanta para uma pele frágil e cortada pelo tempo, pelo curto tempo...
Espero que não chore, eu estou a caminho da liberdade, e talvez algum garoto se inspire em mim, mas sem meus erros, espero que sigam suas missões, pois estou feliz, estou perto do fim, e sinto o Criador pegando a minha mão, como se me concedesse a vida eterna, a parte negra em minha mente se torna clara e suave, e não me sinto preso a dor. Espero que meus raros momentos de risadas sejam guardados dentro de cada um que o merece, espero poder cuidar de tudo esteja vocês aonde estiverem, procurem sempre pelo conhecimento, isso muda vidas, pena que não soube usar o meu.
Muitas ideias e muita astúcia, eu acho que estou bem e estou pronto, muitas mistérios faram de minha história sempre incompleta. O amor da donzela de olhos claros foi a minha morte, o vento me avisou mas me deixei levar pelo veneno, a cada dia me torno mais escravo do desejo, mais fraca e necessitado. Todos que ficarem não se escondam atrás do passado, o Sol voltará no Verão.





sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Asgard



Em mais uma Lua, eu despertava ao som da trombeta do guerreiro que estava na proa procurando por Terras novas, procurando pro algo para a geração seguinte se esbaldar, e ter onde voltar após as grandes batalhas. Eu tinha apenas a fiel companhia de meus irmãos, e todos os pecados cometidos guardava no bolso ao lado de minha espada, tambores batiam ao chegar de novas Eras, nas runas sagradas, escrevemos como os Deuses nos abençoariam, assim como mil caíram perante o Orgulho do guerreiro. Foi quando vi, a Deusa pura, me chamando para o paraíso, onde ela manteria essa velha carcaça livre de todos os medos e fantasmas de erros que sangraram e fizeram questão de ficar marcados em cicatrizes.
Mesmo com um coral de malditos impedindo  a minha ida,  eu  fui mais forte e bravamente venci, de meu bolso saquearam algumas moedas, de meus trapos só deixaram minhas botas, pois elas sustentavam um mundo todo. Minhas mãos marcadas pelo curto tempo em grandes batalhas vieram como dois martelos julgando os que estavam ao meu lado ou não, apenas vi a Deusa de uma sabedoria simples mas que nunca esses olhos tristes e rancorosos aviam visto, mostrou a velha barba que ela poderia ser tirada assim como toda aquela história que me banhava de más escolhas, e covardia.  Na manhã seguinte meu nome era cantado pelas jovens sonhadores, eles diziam que eu teria vencido a vida, pois a destruí com uma nova, onde as mesas são fartas de sabor, e as tempestades de flechas não invadiam meu aposento guardado pela libertação, que tinha tomado forma de um corpo escultural e olhos tão claros quanto a lua em um mar onde tubarões eram apenas andarilhos.
Mil anos lutei, mil vezes me vi no passado, e não me vi presente no futuro, óh Deusa, agora estou em seus aposentos, sedento por fogo, se ouvia a fornicação em outros reinos, e todos a invejavam, pois havia eu encontrado o sentido da vida, não estava em baús, muito menos pendurado em correntes, mas estava nas mãos da donzela que havia salvado, o guerreiro que mais lembrava o ogro. A donzela que derrubou o martelo de ódio que costumava macetar crânios, as mãos que antes estrangulavam, agora fazem carinhos em uma pele delicada como a seda que era usada em trapos de monstros ricos, a donzela o salvou, dele mesmo. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Sob uma nova lei




Correndo juntos em direção ao perigo, como duas crianças sorrindo mesmo em um dia frio, nos arriscando para viver, cada passo silencioso em direção ao refúgio era um passo de uma história que marcava ali uma vida nova. Cobertas marcavam nossos rastros pela casa, lábios jorrando mel da vida, quebramos todo mistério da noite pelos cantos de um quarto, deixamos tudo jogado, as janelas fechadas nos davam a segurança e a certeza de uma noite longa e única. Descobri como me salvar quando você desenhou os enigmas em meu peito, quando sua respiração ofegante estava em meu pescoço percebi que o nosso caminho era muito mais longo, e com muitas flores, aquelas mais vermelhas, pois era assim que eu via todas elas. 
Vi o Inverno cantando sobre novos dias, mas achei loucura dizer que já estávamos em uma nova estação, pois o céu estava cinza, e as folhas ainda não haviam voltado a vida. Paralisado ainda consegui te observar caminhando pelo corredor com seu prato cheio de certezas, com aquelas cobertas nos aquecemos de todo o medo de uma complexa e dura vida. 
A Cura para as dores estava logo ali, na nossa frente, quente os nossos corpos não viam a hora passar, e até a Lua já havia se escondido quando decidimos adormecer. Algumas portas fechadas e outras abertas, finalmente achamos um jeito de concretizar sonhos antigos, por um segundo me senti dono de todos os seus sentimentos, todo seu prazer sendo arremessado direto a mim, todos seus desejos entre os arranhões em minhas costas, marcas que me farão dormir bem durante muito tempo. 
Um rio de momentos que nunca voltaria, mas me vi refletido nele, sem nenhuma cicatriz, apenas sorrisos. Tantas responsabilidades para tão pouco tempo, aprendi tanto somente observando e fico eufórico para colocar em prática, afinal, agora estou vivo o suficiente parar poder morrer em paz. 


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ciclo negro



Naquele velho espaço de vidro, que dividia o seu mundo do mundo alheio, ele via toda a dor em cabeças baixas, poderia descrever uma vida inteira apenas sentado em sua velha prisão, o lugar que o manteve longe de toda a loucura, mas também de toda a coragem de viver sob a luz, o lugar que presenciou choros, desgostos, corpos, tantas dores e conflitos, que talvez se torne um lugar manchado em sua mente. O lugar onde o infortúnio pretendia começar um novo passado para poder se lamentar, um lugar frente a uma árvore cheia de mistérios sobre sua vida e existência, um lugar cheio de gritos, um lugar de um homem assombrado que dizia conhecer o azul do céu, mas nem a cor de sua raiva ele sabia ao certo. 
Suas palavras eram seus rastros, era tudo o que o descreverá futuramente, quando o fim não for mais a surpresa, e sim seu amigo. 
Aquela cidade, onde todos os dias eram chuvosos, e todas as cores se baseavam em uma enorme escala de depressão, era dona de uma maldita moradia que sustentava histórias que foram contadas tendo como testemunha apenas suas paredes podres. Crianças sorrindo em quadros que de tão velhos criam camadas de poeira, uma vaga lembrança quando o sol os faziam confiantes. Um lugar difícil de deixar, onde ouro não valia tanto quanto o orgulho, onde demônios dormiam apreciando o pecado gritado, e ecoado pela solitária casa vazia.
Ele não se movia, não ficava aflito com o silêncio, nada mais estava em seu lugar, os olhos com aquela expressão de medo, ficaram fixados em um ponto no vazio, lágrimas caiam enquanto sorrateiramente o abraçavam por trás da cama. Com o corpo pálido, apenas apreciando a última lembrança, suas mãos já tremiam, e nem se ele tivesse forças ainda iria conseguir respirar dentro de sua cela. Toda a vergonha marcava sua pele cheia de histórias, todo o vazio se direcionando a uma de suas últimas pulsadas no peito, toda uma história trágica sendo traçada, para que toda a loucura seja compreendida e valorizada. 


quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Incomodo



Me diga quem eu sou antes do fim, tome conta de meus desejos, antes que o silêncio faça isso, e tudo isso em páginas, não é uma nova história, são coisas como seu sorriso  e sua voz que guardei em minha mente, e a todo momento suplico por mais uma palavra. Todas as pessoas passando e não deixando nada para guardar, e de repente alguém quebra todas as minhas crenças, um minuto de silêncio, e depois disso nunca mais deixarei desviar o caminho. Uma nostalgia refletida em seus olhos, os olhos que viram meus planos pelo buraco da fechadura, e a todo momento os olhos que cuidavam de mim. 
Dentro de mim eu apenas estava desmoronando, me jogando em direção a solidão, mas depois que esse minuto passou, parecia que uma semana toda tinha rasgado a minha pele, parecia que toda uma angustia de uma vida tinha acabado. Toda a miséria expressiva e impregnada em minha face, tinha desaparecido assim como as sombras que dançavam em minha sala, e com apenas duas palavras de "Boa noite", pude ver a luz da Lua voltando para a minha janela, pude ver tudo queimando perto do fim, mas minhas memórias estavam naquela caixa em que guardei seu anel, e se algo me dilacerasse durante meu descanso, se todos os vidros se quebrassem perante a presença da velha ceifadora, se tudo isso acontecesse, eu ainda estaria segurando sua carta, botando toda a minha "Fé" nisso.
Aqui estou mais uma vez me expondo para suas, ou nossas, velhas fotos, dizendo que estou a beira de tudo, apenas me seguro nas lembranças e nas expectativas. Atualmente em união indefinida, pisando em todos os cacos de garrafas que quebrei, mereço todo esse sacrifício. 
As flores em volta de minha cama são tão coloridas que me deixam cego, essa "coroa" leva meu nome, tudo o que disse esta nas páginas, na mesa ao meu lado, fazia tanto tempo que não via essas pessoas, todos com a mesma cor, dizendo sobre coisas que eu fiz... É assim que vi meus amigos se despedindo, agora, por favor, me levante da cama de madeira, já estou ficando frio. 


domingo, 22 de julho de 2012

Velhos do amanhã




E se o seu amanhã realmente não existisse? Você tentaria concertar tudo hoje?
Você ajoelharia em cima de seu orgulho para saber se "Deus" vai te salvar? 
E se tudo isso não passar de uma farsa? Esses passarinhos seriam tão "Livres"?
E se pudéssemos atravessar o rio das vergonhas e quebrar toda a expectativa de uma "vida normal", vivermos acima das cores, e das dores, apenas de mãos dadas e relatando o que nossos olhos alucinados veem. E se toda essa crença tornasse nossos conceitos uma mentira? Mas talvez nosso conceito torne essa crença uma mentira, talvez o sol mude de horizonte, para um olhar mais atento do leste, para criamos novos relatos futuramente marcados em nossas peles. 
A irmã mais nova atrás da porta, enquanto nos tornamos jovens depois de mais uma dose, a sensação doce da anestesia nos acompanha agora, e a noite nos deixa na primeira calçada que caímos. Ainda não sei como me coloca nos trilhos, sei que de olhos fechados sigo meu instinto, como se algo me chamasse, e me tirasse da monótona morte. Já andei tantas vezes por aqui, já me perdi em tantos círculos que já nem sei como voltarei para o início, e talvez dessa vez eu desista no meio dos trilhos de garrafas, e mantenha o foco na curva que tantas vezes me vi aflito e cercado por covardia. 
As futuras mãos enrugadas apontarão para recortes em revistas, para ideologias revolucionárias. Perto de mais um dia sem saída, perto de mais uma porta sem rumo, talvez mais perto de uma palavra que atingirá a próxima vida, uma palavra que matará o próximo medo, e que fará todos os conflitos internos serem expostos perante o espelho reflexivo dos olhos de uma nova chance de mudar.
Corpos morrem, ossos se quebram, mas ideias nunca se vão.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Quando a sua certeza se torna o seu "Talvez"




Aonde foram aqueles olhos brilhantes e cheios de confiança?. Morreria para saber por que as coisas se encontram e se desencontram tão rápido, tantas perguntas para fazer e tantas aflições que destroem planos de meses. Quando pergunto aonde esta, deveria saber primeiro quem se tornou, algumas coisas ainda se prendem na minha garganta. Coisas que disse tarde, e outras que disse cedo, e se a impulsividade que te traz, for a mesma que te joga para longe? 
Na penumbra do lado esquerdo do meu quarto onde você se deitava, aquele canto onde a luz é tímida e os sons são baixos, aquele mesmo canto ainda tem o mesmo cheiro e o mesmo sonho. As flores do lado de fora acompanham os medos, me mostrando sentimentos que não posso negar, alguma coisa se perdeu enquanto eu dormia, ou enquanto fazia planos para a próxima etapa me preparando durante anos, e hoje parece que nada mais meu entra em sua cabeça. Eu sei isso dói, mas vou tentar continuar e a sorte parece estar do lado errado da mesa. Embaixo da lua ainda existe a grama marcada de quando nos beijamos, pela última vez nessa semana vencerei meu orgulho, mas não pule para trás, eu sei a verdade, mas não sei como encontra-lá , pois as aranhas fizeram teias de medo, e minha esperança de te tirar dessa máscara fica enroscada junto a todas as suas inseguranças.
Assim como sua presença em suas verdades se tornou irrelevante, eu me torno invisível para o passado, e em um momento covarde me lembro de toda a verdade, toda a vergonha arremessada em meu espelho, e toda a certeza de minha própria existência se torna fútil e vazia. E com tanto ódio me pergunto aonde soltei a sua mão, pois ninguém me ouviu gritar para me ajudar. 
As canções nunca mais se completaram, nem a face é a mesma, e o tempo parece menosprezar a saudade que se instala em meu peito, e que da vontade de me atirar rumo ao desconhecido para reencontrar o velho amor já conhecido


terça-feira, 17 de julho de 2012

Te encontrei?, Ou te perdi? (Novamente em círculos)



Andei durante dias, apenas no meu quarto procurando por seus rastros, por um minuto juro que havia algo seu em meu travesseiro, mas nem o telefone mais com sua voz é possível ouvir. Eu achei uma saída para meus crimes, mas em algumas situações fico com medo de soltar sua mão, e me desculpe se gritei muito alto, achei que já não podia me ouvir... Sinceramente, nem eu me suporto mais, e talvez seja certo atropelar tudo o que construí com convicção e lágrimas, intendo porque fui deixado como uma pedra no caminho, mas uma vez seu veredito está correto senhor "Destino". 
Assisti meu cigarro queimando enquanto sentia você me deixando suavemente com um olhar, estou certo que é algo puro, mas agora, como você me ouvirá? 
Pise mais um vez em todo meu orgulho, se afogue em meus sentimentos, mas me mostre como viver, me ensine a ver o Sol, pois, desde que me deixou nessa pedra isso se tornou meu lar, mas não sei se algum dia a pedra que deixou dentro de mim voltará a ser algo tão importante. 
Talvez suas malas, com novos adesivos e lembranças tomam mais espaço em seu quarto do que tudo o que eu te disse. 
E hoje, me vejo banido de seus sonhos, e não acredito em mais ninguém, volto para nossas velhas pinturas, que não são tão velhas. E amanhã, talvez realmente seja um novo dia para voltar, ou começar o que não terminei, e todos essas coisas que perdi com o tempo, todas suas penas angelicais, sei que não vou recuperar, e nenhuma lágrima voltará, mas posso tentar não ficar em silêncio, posso ser o circulo em volta de seu dedo, ou a salvação em suas páginas, posso te acompanhar em cada estação, mas quero saber se ainda posso ser, o que você sempre quis que eu fosse.



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ideias alteradas



Já andei por lugares tão frios com neblinas que não me deixavam ver meus pés, olhava para a minha vida e via a morte rindo, e talvez eu só fosse resolver essa dor quando parece de falar e agir, eu realmente me senti  sozinho, e apenas a fumaça subindo era a companhia dos túmulos de fotos que cercavam minha cama. Noites assim nada lembram os dias ensolarados, que eu parecia estar mais vivo, mais uma tentativa para voltar no tempo e perceber que ainda queria estar vivo, em frente aos seus olhos fragilizados pela luz forte, sou apenas a sombra de um jovem, e sangue sobre os meus braços mostram a vergonha que senti de andar nessas ruas assombradas, antes das 23 estarei com meu velho cigarro rezando para poder ver novamente eu e você. 
Seu cabelo bagunçando sob meu peito com enigmas de dias que vivi, espero que abra a mente e veja o que realmente aconteceu com o que restou de nossas esperanças. Nem as estrelas que o Universo nos proporciona ver brilham mais que sua vida, não sei porque mas "Deus" deve estar contra nós, desculpe, mas ainda acho que as estrelas não morrem, acredito que os dias vem e vão e elas nos observam e invejam a nossa fé em meio as guerras. Acredite em você mesma, sou apenas um prisioneiro das vaidades, e amanhã posso não abrir mais os olhos.
O solo de guitarra vai acabar antes do cigarro, a lua cheia é quem me guia quando as garrafas estão do seu lado da cama, novamente me vejo no reflexo de poças, seguro forte todas as lembranças afinal essa rua escura também suga minhas felicidades. A fumaça mais forte sobe pra perto das estrelas, e na minha mente segredos se alteram, e voltam, me mordendo mais uma vez sozinho, como você mesmo em explicou a pior parte é se despedir, mas meus braços estão abertos para mais uma semana de espera. 


sábado, 30 de junho de 2012

Medo de ter medo



Em meio a toda essa verdade, posso prometer não morrer antes do seu veredito, mas você, minha querida, sempre esteve certa e soube como me deixar calmo em várias vezes, e eu descobri que as vezes estamos longe, e meu coração restringe algumas coisas, então me perdoe se eu não ver algo... Se algum sol vier antes de mim... 
Algumas situações nos deixam frustrados e sinceramente não sabemos aonde queremos parar, ainda mais pela reação das pessoas, não sei aonde foi parar toda aquela feição pela vida, as vezes acho que destruímos algumas emoções por medo de corações sensíveis. 
Se eu estiver cometendo algum crime, me conte, não me deixe preso sob essa cela de avareza e egoismo. Eu realmente não preciso saber o que está acontecendo, apenas digo para acelerar e me tirar daqui, pois nem meus amigos completam a noite do Whisky mais. As vezes acho que virei na curva errada, ou que o leão de cada dia me matou e eu não percebi. 
Na manhã teremos novos monstros maiores que a distância que nos mantém perto, sozinho prometo conter toda a minha mente de coisas que você não intenderia se visse em meus olhos, a garrafa pode estar pelo meio, ou cheia, mas prometo controlar se ver que não passamos pelo sinal vermelho. 
Não sei porque quis observar seu olhar pela manhã, sei que podemos pegar uma estrada para Geórgia e na manhã seguinte estarmos na nossa casa no Texas, ou melhor, você a chama de nossa casa, pois a minha casa esta em seus braços onde repousei minha cabeça. Acho que o Alaska seria uma boa ideia para a nossa  vida sem horizontes ou limites...
Mas volte, pois eu também quero voltar 




sexta-feira, 29 de junho de 2012

Não feche os olhos, ainda estamos vivos



E mais vez, as ondas apagam... Mais uma vez essas malditas ondas apagam as nossas...
Então me diga o que sinto, você sempre viu através de meus olhos, brincando como jovens em destroços corremos do por do sol, nada nos impede de sermos quem queremos ser, mas por favor não deixe a porta aberta, podem nos espionar pulando na nossa cama, e talvez sua doce presença enfeite as nossas fotos hoje. Esse venenoso sentimento de culpa, não serei idiota de queimar tudo sozinho, mas não ignore o que seu coração diz, ele pode estar certo.
Me liga mais uma vez talvez, e o mundo pode parecer em nossas mãos dependendo da palavra usada, dopado posso estar jogado, mais ainda sei o quanto me dói ver você fechando a porta, não serei idiota de ir na praia de novo, na hora do sufoco sei como reagir, minha boca está amortecida para gritar, não posso parar agora, isso cura minhas feridas. Mais uma vez em meus delírios você aparece vestida com a ousadia, e rapidamente me puxa para o lado claro da sala, e ateia fogo em minhas interpretações sobre os problemas que vivemos, mas dentro de mim, sei que devo me entregar, você vem com o ultimato e diz que estamos em uma guerra fútil, desculpe, mas a distância me distraiu. Me trouxe para esse lado de minha consciência sem saber que não me deixaria dormir.
Me deixe levantar, quero sentir minha garganta de volta, essa pressa, essa pressa de dizer que está sendo difícil, não posso voltar no tempo e concertar  que errei, posso tentar não nos romper mais, mas mais uma vez digo, essas ondas estão levando nossas almas. 
Desculpe mas tenho direito a sua dor.


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Inacreditáveis contos de Sr. Penkal



Oh merda, comece com seu discurso de adeus, e diga o quanto me odiou por ser frio, seja sincera em relação ao que sentia, finalmente chegamos no "para sempre", mas anjos estão queimando e falta vida para a fé crescer, não é nada demais, apenas estamos andando em direções opostas. E todas aquelas suas lágrimas, você fez bem seu papel, me enganou como ninguém nunca conseguiu, e eu não sei ao certo quando meus amigos voltarão para em mais um momento eu dizer que nada me importa, e dizer o quanto promiscua você foi.
E agora como o monstro que você disse a todos que eu era, eu canto sozinho... Me diga pelo menos uma vez, como me roubou tudo o que eu tinha? Como entrou e saiu de forma tão rápida? Como me fez sentir tanto ódio? 
Ainda somos jovens com olhos cheios de água que representam o amargor de toda essa revolta por ser quem eu sou. Creio eu que ligou apenas para aumentar seu ego, pela primeira vez me livrei de tudo o que guardei, e repito, sou eterno porque fui além do "Para Sempre" e toda a ilusão que isso trouxe, não preciso mais de pilulas para a aflição em deixar em paz... Mais uma vez pela parede sem cores mostro como eu canto sozinho, e meus amigos ainda não voltaram.
Agora posso ser sincero comigo, não há mais questões sobre o que eu enxergava dentro de você, minhas entranhas estavam certas. Me desculpe por fechar os olhos em cada beijo, para mim foram momentos que nem seu "Deus" poderia tirar, me desculpe por achar que você tinha um pingo de dignidade, me desculpe por pedir para confiar em mim enquanto canto, ainda vejo você sendo consumida pelo próprio pecado, vejo se ajoelhando e conto quanto tempo demorá  para você voltar, apenas para poder dizer "Não te salvarei!".
Pode me chamar de "Presidente de meu mundo".


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Canción de la tristeza



Mais um dia abrindo os olhos de baixo de um véu suave, com sereno do amanhecer, mais uma vez embriagado pela realidade, com peso nos ombros caio de um lado para outro, com lágrimas dou o sorriso mais amargo mostrado ao Sol. Com pernas bambas tento me mover em direção a algum lugar fixo, que me deixe respirar e entender como pude esquecer meu lindo casaco em algum bar de esquina, entender porque tantas lágrimas caem e vejo todas essas plumas ao meu redor, tudo explodiu? Em minha carcaça só deixaram marcas da solidão, e talvez alguns trapos com cheiro de um andarilho da vida velho, mas sem barbas brancas, um velho com marca de um anel em sua mão direita, um velho músico que já não canta.
De canto em canto deslizando como se sua tristeza fosse a maré o arrastando pela casa inabitada, serás ele louco? Pois papeis dizem que essa noite ele terá apenas a companhia de suas unhas grandes pelo o esquecimento de sua própria existência, serás ele louco por gritar agonizadamente o nome dela? 
Ela que enfeita fotos em sua humilde casa, ela que aparece desdo começo do piano empoeirado ao violão com uma garrafa vazia, ela que aparece na lágrima esquerda e se esparrama pela lágrima direita sob velhos lençóis também com marcas de cigarro, e dessas lembranças as cinzas são as testemunhas, as notas tremulas  por uma mão tão sentimental, tão marcada pelo tempo, uma mão que hoje levantando cigarros e taças não é mas tão firme quanto a mão que não desligava o telefone em meio a madrugada, uma mão que hoje soube tornar sangue e dor em palavras... Uma mão admirada e odiada... O que o tornava "visível", era o que matava a cada segundo... Pois bem pelo menos o fim da tragédia essa mão pretende escrever, mas sem cortinas ou máscaras... Uma mão que fazia notas, hoje amaldiçoa a própria existência.


sábado, 23 de junho de 2012

Histórias que os velhos de amanhã contarão



Algumas coisas não podemos negar ou até mesmo comprovar a existência, podemos dizer que o sol se vem e vai todos os dias, mas podemos dizer quanto tempo isso durará? Quer dizer, podemos saber que algo nos deixa bem, mas não podemos saber se amanhã ainda nos deixará bem, ou apenas serão âncoras daquelas que não conseguimos fugir e que ainda quando tentamos sangramos. Pensei ter achado uma forma dessa chuva não me pegar, toda essa tempestade distorcendo o que já foi real, jogando para o alto bons dias que tivemos com poucas coisas, não posso te afirmar que ainda é seguro fazer parte de mim, mas não posso negar a saudade... Essa tempestade trouxe todos os fantasmas de novo, que agora, ocupam o espaço que um dia foi da nossa juventude. 
Miseravelmente vejo por pequenos buracos furados nessa proteção que chamo de 'arrogância", eu realmente não sei do que fiquei com medo, mas sei que me desprezei por virar as costas, abandonei desde domingos ensolarados, até noites de ventos macabros, tudo isso por uma solidão fétida que me decompõe a cada vez que consigo acordar. Sobre a tutela da vida, era fácil não ter trabalho, ou até mesmo poder seguir o mesmo plano durante meses, de alguma forma o pagamento para continuar sorrindo se tornou alto demais.
Podemos tirar essa infecção de nossas boas horas, podemos evitar atender o telefone só para vermos quem é mais orgulhoso, podemos dizer que não vemos nada nas fotos, e claro poderiámos tentar ser verdadeiros.
Somos a reflexão de todos os atos, somos pedaços espalhados de sonhos, somos poças em becos que ninguém ouça pisar, somos jovens que viveram muito, os caçadores que só o tempo pode matar.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Mary Jane


E se eu e dissesse que tudo isso foi um sonho? Você ainda se lembraria com carinho? E se eu te dissesse que todos aqueles telefonemas foram pela manhã e pulamos a parte democrática de se conhecer enquanto os nossos corações dançavam com o começo do novo "round" ? Isso interferiria em alguma memória especial de quem sabe um novembro diferente? 
Aquele sorriso claro brilhando em meu quarto, me refletiu felicidade, aquelas pernas me prenderam no embalado dos olhos claros. Não sei dizer se deixarei ir embora do meu quarto, sabemos que é verdade, atrás da misteriosa depressão em pessoa se esconde uma linda caixa que você nem faz ideia que te dei, digamos que esteja errado pelo futuro alegre que espero, mas temos certeza que será apenas como tem que ser. Sem presa para respirar, agora sabemos o que é ter amor preso nos braços por uma grande verdade escondida em códigos ou listas de noites mal dormidas. Consegui a chave da vida traçando o seu rosto no ar, digamos que com amor atirei em meu coração, e com um pouco de presa você me disse para não fugir, mesmo estando aqui antes de você.
Você suporta todos meus segredos, e a cada nova história você enfeita meu quarto com brinquedos que me deixam distante de todos os pesadelos, me diga seu segredo, como foi tão fácil descobrir minha "identidade secreta"? Darei um jeito de te manter em segurança, mas sem mentiras, apenas aceito com que o sol entre pelo meu quarto se você prometer deixar uma xícara de café, e descansar sua cabeça desenhando enigmas em meu peito. Minha própria "Miss Sunshine" não faz ideia de quantas vezes cantei para você.
De cabelos enrolados pelos movimentos bruscos você parecia tão surreal quanto imaginava, mas bem quem me salvou foi você.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

De longe tudo se torna mais longo



Flutuando nessa aguá que nunca muda, com este pincel invisível escrevo seu nome enquanto me afogo na perdição dos pensamentos. E digo que estou assistindo a minha vida toda passar em raios com tons de cinza, me de mais um momento, me de mais um caminho, me de uma última sensação prazerosa, pois essa noite cantarei, como se nunca tivesse cantando antes. Imagino meu corpo boiando perto de algum lago que você pare, perto de barquinhos que você deixou correr com a correnteza, o gosto amargo me faz lembrar, que ainda estou nessa noite.
Uma saudação para os bons dias que vem, e um adeus apertado para as lágrimas que se foram, e eu, e eu  apenas especulo entre as memórias de ontem o quanto foi agradável viver o hoje, e você, você nunca mais me puxou pelas nuvens e disse que seriamos feitos desse sentimento, e nós, nós sentamos no topo mais alto daquelas velhas colinas.
 Ontem estava procurando por um sinal "divino", algo que voasse com a leveza com que voa os seus beijos através de toda aquela fumaça que nos fez rir, estávamos andando longe demais para conseguir ouvir a razão, mas mesmo assim, me deixei levar por cada suspiro seu. 
Perfeição, era um modo digno de descrever os traços suaves de sua face, e de novo, me peguei com pássaros no estomago, não consegui mentir para o meu violão, e era verdade, sua doce mão esquerda arrancou meu coração, e juntamente com a direta, guardaram ele novamente dentro de sua caixa embaixo do travesseiro. Não te condeno por não compreender como ele batia, e digamos que longe dele, pude voar perto de você, e eu posso chegar a temer as alturas, mas permanecerei.
Ontem me tornei o gato gordo de pelos longos, um fragmento da agilidade, apenas um apreciador de seu modo fascinante de levar a vida e esses sentimentos simples para o outro lado do lago, onde as verdades admiramos como se fossem borboletas, com um tempo curto de vida... E esse circulo de ouro, em seu dedo, esse é o simbolo dos que voam em conjunto para a felicidade. 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Sorriso Cativante




Desprivilegiado da vida, crosta de verdades que escondi nas ondas da noite, e talvez no tom atrás do cinza claro, me imaginando dormir, sobre uma caixa em um mar, talvez eu veja um novo verão igual ao que a minha princesa me explicou. Atrás do rubi tinham as cinzas que deixamos de momentos simples mas complexos que vivi em minha mente, e atrás da porta novamente ouço você em sua fixação suspirando por mim, me imaginei vivendo em um campo de rosas, e pelo buraco uma imagem simples, a minha dama perto mas longe, talvez uma barreira que eu quebre com o tempo. Depois de todos esses anos, aprendi a caminhar novamente, após todos esses anos vivi momentos bons de novo.
Aqueles planos que havia escrito, me assustei quando me vi atrás de um sol novamente, e o seu universo seco, e com trapos limpos, me ensinou a não me temer mais na frente do espelho, vi uma imagem seca, com marcas de choro, e faixas que escondiam lembranças, mas ela estava sorrindo, lentamente me direcionei ao violão e escrevi mais coisas sobre aquelas suas palavras da noite passada, gritei e pulei, mas foi, dessa vez, algo mais limpo, nada parecido com a aflição da semana passada, em que vi meu perdão escorrendo pelo meu braço, quer dizer, não ouço mais nada caindo.   
A ausência de todos aqueles fantasmas me deixaram "limpo", e mais focado para encarar o que vivia (vivo), sinto falta deles, mas nada me supri mais que seu sorriso de canto, e todas aquelas promessas que encheram um quarto vazio de esperança.
 E de repente, você me pega, me pucha, me torce, me cura... Me vi novamente brilhando, e podendo relatar o que as noites em bueiros me ensinaram, toda a agressividade se tornou "autoestima", volto a rugir, volto a esquecer minhas sentenças, e no final da história, no final da minha história, é apenas um cara com uma jaqueta de couro, e sua donzela nos braços, assim terminaria a história com um belo por do sol, em que todos nos olhassem, todos lá de baixo nos olhassem. 


sábado, 9 de junho de 2012

Desastre Costurado



Me tire debaixo da cama, você não sabe como é frio aqui, me deixe ver a lua, e não costure mais a minha boca, me faça sentir nojo de meu corpo de pano inútil. Sento ao lado de tudo aquilo que você esqueceu, e espero no mesmo canto frio, com trapos sujos de suas brincadeiras, me rasgo inteiro para chamar sua atenção. Me jogue de cima do prédio de novo, ou me esqueça na rua, serei apenas um pedaço de ódio que diz ter tido bons dias, que diz acreditar nas próprias mentiras. Desculpe se achei desnecessário me descartar, me desculpe mas achei necessário me lembrar, aquela faca que refletia tons de vermelho, pingava arrependimento, nada melhor que a vergonha de sair na rua escondendo com faixas uma dor que precisei sentir para poder me costurar em um novo dia.
Me lembro como se fosse hoje, eu não te respeitava, enquanto jogava o vinho do seu amor em mim apenas me questionava porque o fétido sol coberto pela cortina não voltava a ser apenas ele, ele me ajudava a ver como a vida ia e voltava, na cadeira de rodas via tudo passando, enquanto as lágrimas passavam pelo sorriso amargo, via tudo andando e me via caindo no enredo da mentira, supostamente sendo amado de novo... 
Me vi precisando mudar, não para agradar, e sim para irritar o meu espelho, ali perto algumas garrafas especiais, vi um monte de desejos ocultos entre palavras, algo que me deixou confuso por ser tão vazio e obcecado. Quis conduzir uma dança enquanto você se despedia e me jogava em meio daquele cemitério, desculpe por segurar a sua mão, eu disse que precisava mudar... Enquanto passei dias sob covas me escondendo da vergonha da existência pensava nos dias em que passei esquecido embaixo da sua cama, descartei as lágrimas e lembrei dos sorrisos, me desculpe a última coisa que ouvi foi meu coração de plástico fazendo "click, click boom"

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Esperança do Aflito



Ele caminhava pelas ruas frias e escuras de algum lugar não muito longe de sua casa, segurando de uma forma forte a sua mochila, lá estava tudo o que ele conhecia e sabia sobre a vida, e pedras na rua era o que não faltava, mas com tropeços o jovem já estava acostumado. Caçado de perto como um verme é caçado pro um pássaro, ele resolveu andar mais rápido, perto de todos os temores e fantasmas sua alma se fechava, e um sorriso amarelo talvez se abriu em sua face, uma face com olhares diferentes a cada pessoa, um rosto indecifrável, com uma boca maldita que guardava presas manchadas de sangue, talvez de uma noite em que ele resolveu não voltar para a casa.
Sussurros que lembravam mais gemidos de fim de vida, era o que ele dizia ouvir enquanto caminhava, enquanto pisava nos próprios sonhos se lembrou que "ela" não voltaria mais, o vento forte jogava seu longo cabelo em sua face, cobrindo suas presas que hoje choravam ao dizer: "ela não voltará mais". De um forma estranha e talvez única ele caminhava por uma rua não muito longe de sua casa, com a mente cheia de coisas que ele não queria, e um coração que não sabia diferenciar sua própria alma da alma de um verme, aquele sorriso se abriu de novo, quer dizer, seus vizinhos diziam que aquele sorriso demoníaco era o que fazia chover na vida deles, diziam que aquelas músicas não o levariam para o céu, ele pensava e dizia "Não preciso de seu Deus, já conheço mentiras o suficiente para levar a minha vida", ele estava errado, ainda tinha que pisar em muitas pedras para chegar em casa,
Rosas apodreciam em suas mãos, roupas sempre com tons de preto e cinza tornavam a sua chegada deprimente, as músicas o tornavam cada vez mais perturbado, os gritos cada vez mais alto, aonde está ela? A garota que comoveu a espírito torto, aonde está? Ele decidiu a encontrar... Pela primeira vez chorou, mas sorriu, segundo suas crenças ele a encontraria em um vale com árvores de outono, e caminharia de mãos dadas, ele segurou forte sua mochila com todas aquelas fotos dela, era tudo o que tinha de verdade, respirou e pulou em direção ao chão, a corda não o deixou cair... 


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Fim da celebração do dia da mentira em meu calendário



Hoje resolvi parar de mentir para mim, então vamos lá, mostrarei coisas as quais não queria me importar mais... Através de todas aquelas fotos, e todas as cartas rasgadas, havia algo diferente gritando, pedindo por atenção no meu chão, na verdade nunca senti o que sinto hoje, sempre desprezei as dores achando que elas passariam com o inverno, noites longas e solitárias foram que fizeram essas máscaras e o conjunto de mentiras que você viu em meu guarda-roupas... 
Confesso que quando me escondi em meu quarto foram longas horas sozinho, lá era como o covil do monstro, sim, errei tanto que chegaram a me nomear assim, em meus longos pesadelos o "monstro" era você, pois quem chorava era eu. Aprendi a esquecer mas, em alguns momentos temos que encarar a verdade. Descobri que o demônio que batia em minha porta não queria sangue, e sim me dizer como seria a vida, bem, isso e os outros guardei em minha gaveta, nem as cinzas sobraram. Gritei tão alto mas vi que o frio lá fora afastava todos de mim. Você disse "Adeus" eu disse "Não esqueça sua mala", lá tinha coisas que me machucariam mais que qualquer ilusão, nada nunca foi o bastante para me fazer crer em seu maldito livro, e essa é a lição que deixo quando fecharem a tampa da minha cama. 
Se eu estiver chorando, fale a meu irmão que estou bêbado, pois mais uma vez minto sobre minha fraqueza, e se eu me desesperar quando o sol fugir, apenas ignore, para todos isso sempre foi fácil.  Quando me vi, disse que iria mudar, prometi mudar, mas não precisei mentir de novo, algo simplesmente me completou, me mostrou que havia algo depois do inverno, isso minhas mãos não controlavam, elas nem ao menos controlavam as notas que saiam do meu velho violão, elas pareciam tão felizes quase não acreditei que era eu, mas nesse caminho aprendi que bons amigos podem se tornar estranhos, querendo eu ou não. 

"Que demônios gritem por mais mil dias..."


terça-feira, 29 de maio de 2012

O Mundo nunca mais me segurou do mesmo jeito



Tudo aquilo que tive até hoje, não bastou para fazer me intender suas intenções. Depois de um ou dois meses, minha querida, toda quela luz do "para sempre" queimou igual nossas fotos, as fotos recentes que ficaram apenas comigo, pois você nunca mais veio com o seu sorriso para pega-las. Me segurei ao máximo esperando o maldito telefone tocar, de alguma forma aquilo me confortava, te esperar fazia com que o mundo girasse de uma forma que parecia que você nunca me deixaria ir embora.
Te segurei de uma forma como ninguém jamais te segurou, e apesar de tudo ainda sorrio vendo suas fotos,. fico de olhos atentos na janela, quem sabe mais uma vez você me chame no meio do dia, com aquela expressão de cansaço, apenas querendo repousar aqui, "para sempre". Alguma cosia deixei passar, nunca fui longe demais em esperar alguém assim, me perdi aqui com algumas lembranças de quando o mundo ainda não tinha desmoronado, mas ainda me vejo esperando você, apensar de todo o medo. Ainda me vejo perdido, e agora a sua chegada já me parece tão distante. Quando pensei em esquecer lá estava eu diante de mais uma carta, e mais uma vez me vi longe de meu mundo. Não pude segurar a aflição queimando minha pele, e rasgando a minha pele com suas marcas, alguma cosia está errada, talvez seja dentro de mim, talvez eu esteja certo em dizer que você está errado, talvez nada mais esteja certo.
Aquela estrela brilhante que você me mostrou, hoje ela não está mais lá, talvez essa ilusão de uma vida boa e segura me trouxe segurança, e agora, estou de mãos atadas e isso ninguém pode concertar. Minha máscara feita de orgulho derreteu por toda a tristeza que escorreu de meus olhos, e algumas coisas já passam tão rápido que nem percebo o quanto estou parado. Essa solidão é como um demônio que come todo o meu tempo, e me deixa por horas no caminho em que te vi dando um "adeus" pela última vez... 
Digamos que esqueci tudo isso, mas, sabemos que na ilusão você foi a melhor... Ainda escrevo o seu nome em cada árvore que vejo, me ensine a sorrir de novo. 



domingo, 20 de maio de 2012

Paraíso



A noite começou aos poucos, as pessoas chegavam conforme o som aumentava, durante muito tempo não me lembrava de como eu era, durante muito tempo estive longe deles, e de mim também. Vocês falaram tanto desde lugar durante semanas, mas na semana passada o aspecto era outro. 
Lembrei dos tempos que andei pela deserto de olhos fechamos, sem saber para onde ir, mas atrás de um Oasis no mundo, vive tanto dias ali que nem sabia que a nave viria me buscar... Foi chorando que me vi voando pelo paraíso abraçado por um anjo muito forte, até que então ele me disse que não existia passado, muito menos futuro, só existia o hoje e o agora, e o agora representava sorrir. 
Paralisado por tanto extasy fluindo em mim, perto do céu, e do lado do inferno, e a nave passava perante meus olhos vermelhos, sonhei tantas vezes com isso, será que estou certo em estar vivendo? Todos cantavam e tocavam o céu junto, sim nesse verão eu aprendi a voar. Sempre soube o que era felicidade, só não sabia que ela viria até mim, já não enxergava nada, apenas vagava por pelas ruas, me embriagando, brigando, rindo e sem saber quem eu sou, vi um mundo diferente, e nunca mais quis dormir e confesso que fiquei com medo quando me disseram que a noite iria acabar. E na nave vi todos lá em baixo correndo, pulando, dançando, sim eles também acharam o paraíso, todos batendo palma e dizendo que o verão aqui no céu é eterno.
Semana que vem verei Shivas, ela me mostrará um caminho diferente, mas ainda não sai do meu paraíso, eu meus amigos e ela, posso estar ficando louco, mas agora penso em minha felicidade e minha vida, estamos todos aqui rindo do que não existe e aplaudindo qualquer gramado limpo ou casa vazia, estamos todos aqui andando em nossas linhas retas e longe de fantasmas que não vemos. Todos prometeram fechar os olhos, mas quem disse que conseguimos? Estar vivo é tão bom...
Quer saber, meu paraíso é melhor que o céu, e dentro da nave voei pelo sol do verão, sim estou no paraíso com você querida, sim estamos dentro de mim... 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

1:15 a.m



E agora quem de nós será o próximo a cair?... Nada nunca esteve sob o nosso controle, mas também nunca deixamos de sonhar, e nunca esperamos mais do que o outro poderia oferecer, e hoje talvez possa ser meu último suspiro, e se eu voltar para o inferno por causa das minhas mentiras, quero que saiba de algumas coisas que deixei passar. Não cumpri muitas ordens que aquele senhor que nós assustava me dava, e aos 16 já em vi velho demais para estar fora de casa, mas sobre a nossa amizade, sempre soubemos que o inferno nos esperava, mas seremos para sempre jovens quebrando sonhos e descumprindo ordens do velho que nós assustava, maldito senhor. Lembra daquele seu amigo? Então, demos boas risadas da cara dele, lembra daquela minha amiga? Sim ela nos fez falta, sessões e mais sessões diárias de tortura, mas isso ficou para trás.
E toda aquela merda que vivemos, da para acreditar que já fomos assim? Fico feliz que o tempo passou, se lembra daquele dia no "zoológico"? achamos o nosso esqueiro que esquecemos no chão, e também conversamos sobre a morte, bem isso é segredo de amigos... Sempre que fiquei sozinho e o demônio gritou mais alto, lá estava, "a melhor amizade", quando fiquei doente e de olhos fechados você em cantou aquela velha música. Hoje deve fazer uns 6 meses que nunca mais fomos lá onde nos conhecemos, e as nossas famílias, cada vez montamos novas amizades. Coisas de adolescentes de 15 anos, aquele dia em que procuramos emprego, erramos muitas vezes o caminho, você precisou de mim aquele dia, me senti tão forte, e esqueci de te agradecer por em abraçar quando chorei. 
Aquele show em que ficamos bêbados, caramba como acertamos o caminho para casa? Ainda devo alguns trocados para você. Na realidade nunca nos calamos perante a morte, Deus ou qualquer outra coisa relativa pelo nosso ponto de vista.
Outros passaram por nós, mas como sempre soubemos amanhã você vai sair com ele, e eu vou estar com ela, e depois? falaremos como passamos atarde, pontuando cada acerto e erro deles. Mesmo que nós encontremos em leitos de hospitais pela juventude bem vivida saberemos que saímos de cabeça erguida, e sim amigos são amigos para sempre! 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Imperfeito




Alguma coisa grita sorrateiramente pela noite, que há algo que esquecemos nesse lugar, tão jovens, virgens de felicidade, e me pergunto, por que ainda nós achamos tão errados, várias noites, me perguntei o porque você não estava aqui, e finalmente o porque ainda não me parou. Você tem ideia de quantas vezes arremessei seu nome sobre a mesa em que estava eu e meus amigos e nossos demônios? Você sabe ao certo quando te encontrei? 
Finalmente te deixei partir da minha mente, deixei você entrar em meu mundo, não me venha dizer o quanto isso vale para você, porque pra mim foi primordial desde quando deixou seu cheiro em minha cama, e em meu pescoço. E desde então, vi aranhas em minhas paredes, e fantasmas feitos de lençóis, tudo parecia tão chuvoso sem você, e nessa fita queimei o passado, deixei você criar o roteiro com as portas do inferno abertas, eu sie isso dói, mas temos que tentar, olhe para mim, e não corra para o lado azul escuro, temos sentimentos que sabemos que nunca morrerão. Portas batendo e nos chamam quando estamos embriagados, não tente o outro caminho, já sabemos a nossa verdade, você disse ter em salvado quando te salvei, odiei o fato de não estar ai em todos os momentos.
As flores em minha prisão estavam murchas você foi lá troca-las e junto trouxe a chave, eu tentei ligar, mas estava de malas prontas para entrar em sua vida. Dançamos, bebemos, e o efeito só parecia começar, a luz da noite iluminou seus olhos, vi outras maneiras de ser feliz, e fechei a porta deles que abitam em mim, e seu sorriso talvez em fez melhor, eu realmente desejei te ligar hoje, desejei te abraçar como se fosse a última vez, e realmente desejo intender se você me conhece bem, ou se apenas não sabe quem sou... Quando te vi deitada lá, sabia que seriamos um só, antes mesmo de ser quem eu sou, sabia que eu seria imperfeito em algumas vezes ao dizer que te amo... Lamento por ter me soltado tarde, mas espero que nos encontremos nesse lugar, antes que nossos cigarros se apaguem, antes que a garrafa esteja vazia, antes que o efeito da maldita tenha passado, antes que a dama de branco tenha afetado a minha mente, pois sei, que nunca te deixarei partir.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

O verdadeiro "Eu"



Eu sei que dizer que eu sinto muito não mudará seus planos, me deixe apenas dizer o quanto em senti mal, sei que não poderei apagar as noites que chorou por mim, enquanto eu andava ao encontro de minha própria morte, eu sei que fui idiota em insistir, quando você me disse pra ficar, nunca deveria ter ido. é difícil levar os dias com essa dor, e apesar de tudo, eu juro que tentei mudar sem fazer você chorar, mas, mais uma vez me vejo aqui pecando. Me encontro ao meio desses demônios que chamam de "vícios", me vejo preso em uma prisão que ergui bloco por bloco de concreto manchado de lágrimas que arranquei de quem se colocou em meu caminho, a chave da cela, era meu coração, guardei ela em sue bolso esquerdo, leve-a junto com você, sei que não vai quebra-lá nem perde-lá.
Os leões de todos os dias se esconderam entre as grades, e me impediram de dormir essa noite... O sol se foi sem eu ao menos poder ver, meus braços já estavam estirados pela cama, a dormência neles me impedia de levantar e te ligar... Me perdoe, mais uma vez atendi o chamado dela, quando eu vi já era tarde, já estava em minha mente, me desculpe, te deixei sozinha mesmo estando do meu lado. Eu senti nojo de mim mesmo ao te ver chorar, eu amo os seus sons, de quando te aperto e não largo, sinceramente, é tão belo você em minhas com as unhas fincadas em minhas costas, olho a olho, eu juro o mundo para de girar. Me senti tão firme e forte, me fez esquecer de todas as vezes que errei o caminho na vida, suas marquinhas em meus pescoço, ou a sua camisa no meu lençol, são cosias que guardei no livro que escrevi e esta no fundo da gaveta, e quando eu morrer, lerão as cosias boas da minha vida.
Isso não muda o que eu disse na noite passada, gritei coisas que jamais realmente pensei, mas também fui amparado por você,  não importa o que acontecesse você sempre estaria lá, me chamando de "herói" dizendo que salvei a sua vida, mas de nada vale ser esse "herói" se minha própria vida não posso salvar... 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Dama da paz



Demorei  para saber como me entregar e repartir, toda aquela alegria que me acolheu apenas nos piscar de seus cílios, e foi assim que descrevi meu sorriso para o velho amigo do meu lado do banco. Me perdi por muito tempo entre cicatrizes, e nunca soube na verdade se o outro amigo fazia falta, ou era a saudade que me aperou no fim da música que ele não queria terminar, saudades de sábados atarde, saudades de dias em que eramos apenas eu longe das ruas e dentro da nossa capsula onde gritávamos sem ser ouvidos. 
Quando eramos crianças tentando alcançar o sol, criamos nossas armas de mentira, mas nunca nos imaginávamos como Heróis de uma guerra voltando para a casa... No meio desse tormento perdemos tantos para a escuridão, choramos tanto que achamos que aquele seria o fim, mas novamente nos vemos em pouco tempo com a falta que faz o caminho para a casa.... Matamos desde sentimentos a lembranças, hoje nos vemos aqui nesse banco olhando senhores tentando mudar sua rotina entre as pedras, bombas não nos destruíram, nos fizeram rastejar, essas bombas feitas de mortes próximas, feitas de partidas de quem deveria ficar. Hoje o amor guardado eu soube liberar, agarrei o mais forte que pude, esquentei ela com os mesmos braços que já se viram rastejando pelo chão do quarto, com marcas de embriagues... Quando meus olhos novamente viram o calor da vida achei um novo propósito, talvez coisas do passado servem para conseguirmos completar quebra-cabeças do futuro, onde vejo um céu desenhado com coisas que guardava em meu caderno. Do meu maldito jeito eu juro que tentei fazer o meu coração bater, só espero que tenha ouvido a canção que ele fez para você, escondi a letra atrás de minhas botas negras, quando passou a mão em meu peito, sei que viu o sinal dessa guerra, mas agora estou em casa, não há fragmentos de dor quando você faz aqueles sons em meu ouvido, quando me aperta as costas, a armadura cai, quando pega em minhas mãos, as armas ficam sob o chão onde cansei de cantar minhas dores, e agora a cama que servia para descansar o corpo sangrento, serve para descrevermos nosso secreto amor.... o Herói da guerra foi você.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dama de branco



Ela se torna presente quando o tormento aparece, ela me enfurece, eu não sei como controlar ela, não consigo interromper sua graça quando ela acelera meu coração, em vários dias era tudo o que eu tinha, a canção que todos temem, me inspirou mais que a garrafa em minha estante, bem, ela me deixa imortal, não me deixa quieto, arranca todas as minhas dores, com apenas 3 ou 4, corre pelo meu sangue, dança pelo meu chão, em pedaços me deixa chorando no chão, eu não sei controlar ela dentro de mim.
Como você me tornou tão real? E de repente me apagou... Na madrugada sangue escorrendo pelas narinas se misturava com a água que cai logo acima delas, não deixei essa dor tomar conta. Minha querida me perdoe por me ceder, me perdoe por ti querer mais, mas, foi inigualável, diferente das outras,,. Me tornei imortal pelas ruas, não tive medo, e ainda não tenho com você, minhas memórias são jogadas no momento em que sento e penso, "agora você faz parte de mim?". Não tome conta de mim, sei que posso cair, e em meus refrões, você em deixará em pedaços, apenas não seja mais real que eu. Você em partes, dividia em linhas intrigantes, você estava lá ontem a noite, em cima da mesa, e depois entre notas de dinheiro, estava tão pronta quanto eu, tão impura... Mas mesmo assim, me salvou das madrugadas.
Por favor, me deixe respirar, por favor volte aqui, o prato ainda esta quente. Tão imperdoável, tão maléfica que ao sair insiste em deixar depressão pelo ar, insiste em não me deixar dormir... Então te suplico, me deixe vivo, não há saída para mim, tenho que mais uma vez, meu amor, tenho que te tirar de mim, te jogar para longe, te soprar magicamente, e não, não pode sobrar nada, preciso ficar sem você novamente, você não será tão real quanto eu. Dama coberta de branco paz, você chegou a um tempo, e mais uma vez te mando para longe por ser tão real, não sinto meus lábios, e o sangue já se torna doloroso, então digo que não quero mais te encontrar em esquinas, drasticamente me deixou cinza e de mal humor, mas preciso viver sem você de novo,  mas, quando quiser, venha, aposto que ficará em mim por mais de uma semana... Até.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Forsaken



E foda-se suas mentiras, ou seu medo, minha cruz não foi você que carregou, eu sei que caminhamos por becos escuros, e tudo aquilo que agarramos no amanhecer de nossas mentes, tudo isso, momentos que farão parte de minha última respiração. A lembrança do som do vidro caindo, a nossa foto pelo chão, ainda não intendo qual o pesadelo que me cortará hoje, depois de tudo isso que você foi, fui apenas o desamparado. E quando eu tinha anda, era quando tinha ela, dessa vez não me refiro a químicas, ou bebidas, e sim alguém de carne e osso, alguém desposto a me ouvir, eu sei eu nunca fui realmente grato pelas suas horas pontuais em que ligava, sei que até minha respiração você cuidava... Socos em minhas paredes, ou gritos na penumbra da noite, é assim que libero todo o amor preso, fiel pessoa ao meu lado, com apelidos, conhecidos, mas o nome só eu sabia. nos dias de olhos inchados por ser quem eu sou, olhos ainda escorrendo dor, nesses malditos dias em que chamo o seu nome, esses dias são os que eu nunca consegui prolonga em minha existência. 
Minha melhor amiga, hoje procuro teu colo, meu melhor amigo, a nossa cerveja já está gelada, cigarros e fósforos estão pela mesa, já podemos começar a xingar a vida, pudera eu viver sem coração, essa maldita caixa com coisas sobre você, prometo ficar vivo, e não morrer tão cedo após sua partida, mesmo com o sol me deixando, mesmo com essa escuridão em meus ombros e o mundo inteiro 7 palmos acima de minha cabeça, mesmo perto de ouvir a trombeta dos sete anjos, perto de queimar por tudo o que eu fiz, mesmo assim serei agarrado a você.
Aquela guitarra suave, e as letras pela mesa, acho dizem tudo, são coisas resumindo a sua saída, essa raiva, me condena, me destrói, me entropece... Me sobraram apenas restos de vida, muita coisa pra dizer, acho que minha expressão sem sorriso, resumi como eu nunca tinha pensado que faria falta. Todos os meus livros, não servem para explicar os fatos que ocorrem em torno dessa tragédia que em tornei. 
A chuva assustando a todos, limpando todos os meus pensamentos sangrando, retrocedi minha morte passada,  tentei apagar o passado e vi que morri com ele. 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

De olhos fechados



Boas intenções sempre destroem expectativas reais, depois de cada chuva sobre sentimentos, seria tolice não nos assustarmos com uma tempestade maior a caminho, depois de cada perspectiva passando entre nossas mãos, depois de nos acharmos vencedores... Limpe todos os sentimentos, e prepare seus ombros para mais pesos. Mude minha visão e me prepare para novas linhas, pois meus demônios em sedas, e em pratos quentes, me fazem cada vez mais novo, cada vez mais ousado em decisões que não cabem somente a mim. 
Mude minha vida, e tente não ir dessa vez... Eu nunca fui de olhar para o retrovisor antes de atravessar, mas agora tento atropelar o passado, enquanto sou guiado pelas mudanças do futuro, puro, cru, real, não há porque fugir de algo que está dentro de mim, nunca me senti tão livre para acelerar, nunca me senti tão novo para mudar. Feche meus olhos só para que eu posa te ver, nesse momento, em que estou assustado, sobre ondas de medo, pesadelos trazidos pela chuva que fechou os céus desta noite, se mantenha intensamente dentro de mim.
Nesses novos caminhos afirmo que nunca fui o mais apegado a "Deus", e com razão acho que ele diz o mesmo de mim. Nunca fui a pessoa mais amorosa, nunca deixei brilharem enquanto eu estava em cena, e nada mais disso fazia sentido quando você apertou a minha mão, mas não vamos falar que o primeiro beijo era o mais aguardado, na verdade a presença era o que mais importava, nunca tremi tanto, mas nunca tive tanta fome de viver, feche meus olhos e me faça sentir todas essas forças capto pelo seu olhar, e sua vontade, sua vontade de fechar os olhos sempre e me ver.... Não me faça começar a dizer o quanto significa as coisas que já passamos.
Somos novos juntos, mas de velhos tempos, o primeiro olhar foi o que retrocedeu tudo isso que ainda fico gago ao tentar explicar. Nunca seremos o maior exemplo para algo, mais posso lhe assegurar que nunca iremos voltar a esse lugar, para tua informação, estou pisando em rimas do passado, estou tentando quebrar todas as canções nesse momento, assustado como uma criança teme o armário, mas esse medo não desperta interesse para você, então, daqui a 10 anos conte como superei tudo isso, e consegui te levar até onde chegamos nas noites passadas. Não lhe prometo um final feliz, mas podemos apenas fechar os olhos, e nos afogar em decepções na esperança de uma vida nova...