Nosso pequeno inferno

Me lembro daquelas noites em claro, sem saber para onde ir, e com vontade de sair as 3 da manhã.Uma fixação em seu olhar, minha querida acredite em mim, quando a fumaça das tristezas sai do meu pulmão é o momento em que grito por ajuda.

Supostamente fugimos daqui enquanto dormimos, mas o sol nasce e todo o inferno volta.Mas agora estamos acreditando em coisas diferentes, e a minha mente parou quando acende o ultimo cigarro com meu demônio interno.Mas garanto que enxugarei minhas lágrimas antes que o passado se lembre de retornar em meu quarto, e o diabo já saiu de nossas mentes.A lua nos trouxe águas claras em meio a suspiros de todos pela casa, e as mentiras que jogaram contra nossa carne em nossa alma não penetrou.

Acredite em mim, nós esqueceremos dos dias nesse pequeno inferno, voaremos como aqueles anjos das histórias que ouvíamos quando crianças.Aquelas histórias sobre "Deus" e "céu", não acredito que há isso após uma tempestade dessas, é como a sorte, não que não acredite nela, mas talvez ela não acredite em mim.

Nós podemos ser como asas brancas de um anjo, podemos ser livres, e voar perante pedras que tropeçamos, e nenhum desses fantasmas irão perambular sob as noites frias, aliás, nossas danças corporais, em que nos tornamos um só, não precisaram mas ser sob o silencio da noite.

Curaremos feridas um do outro, e não haverá mais gritos de dor pelos sonhos, mas querida acredite em mim, essas estrelas brilharam tão forte, que esqueceremos todo esse pequeno inferno.