segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Gritos da noite silenciosa




Gritos de alguém ou "algo" enfeitando mais uma noite, 
Gritos que prometi nunca mais querer ouvir, 
Gritos que jurei que evitaria, me sinto tão culpado

A chuva apenas cai em mais uma noite vazia, uma noite em que grito sozinho, 
 em que caio de joelhos e me deixo ser arrastado por medos concretizados 

Escreverei mais uma música, talvez uma carta, manchada com a ternura de seus beijos.
Lençois dançando pela sala, uma total desordem ordenada pela sua ausência 

Aflição se ve em meus olhos e meus sonhos, 
Me culpo por deixar você correr 

Mas você esta certa, apenas esta se protegendo, se protegendo de mim 
Essa noite meus demônios sussurraram em meu ouvido, me dirão que você esta longe por minha culpa

E a chuva, essa maldita chuva cairá mais devagar, para que minha dor seja maior 
Farão eu arrancar meu coração com minhas unhas 
Já te disse que te odeio?  Já disse que amo ter você por perto?
 Me desculpe... 

Quero que você sinta minha dor, quero que olhe para essa maldita casca vazia e veja o que você fez
Passos e mais passos que não quero ouvir, vozes que prometi nunca mais dar atenção 
Embreagado é mais fácil de dizer "isso não está acontecendo"

Acordarei assustado, talvez chorando, ou gritando, os gritos mais medonhos que sairão pela minha garganta
... 
Me lembrarei da mão que julguei que poderia te ajudar, a mesma mão que agora da socos na parede e enxuga lágrimas 

Em seus olhos me vejo acolhido... 

Tentarei escrever algo que não seja por você, tentarei não sentir sua ausência 
a chuva me consolará 

Me desculpe... 

Maldito silêncio que me ensurdece

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