sexta-feira, 4 de maio de 2012

Dama da paz



Demorei  para saber como me entregar e repartir, toda aquela alegria que me acolheu apenas nos piscar de seus cílios, e foi assim que descrevi meu sorriso para o velho amigo do meu lado do banco. Me perdi por muito tempo entre cicatrizes, e nunca soube na verdade se o outro amigo fazia falta, ou era a saudade que me aperou no fim da música que ele não queria terminar, saudades de sábados atarde, saudades de dias em que eramos apenas eu longe das ruas e dentro da nossa capsula onde gritávamos sem ser ouvidos. 
Quando eramos crianças tentando alcançar o sol, criamos nossas armas de mentira, mas nunca nos imaginávamos como Heróis de uma guerra voltando para a casa... No meio desse tormento perdemos tantos para a escuridão, choramos tanto que achamos que aquele seria o fim, mas novamente nos vemos em pouco tempo com a falta que faz o caminho para a casa.... Matamos desde sentimentos a lembranças, hoje nos vemos aqui nesse banco olhando senhores tentando mudar sua rotina entre as pedras, bombas não nos destruíram, nos fizeram rastejar, essas bombas feitas de mortes próximas, feitas de partidas de quem deveria ficar. Hoje o amor guardado eu soube liberar, agarrei o mais forte que pude, esquentei ela com os mesmos braços que já se viram rastejando pelo chão do quarto, com marcas de embriagues... Quando meus olhos novamente viram o calor da vida achei um novo propósito, talvez coisas do passado servem para conseguirmos completar quebra-cabeças do futuro, onde vejo um céu desenhado com coisas que guardava em meu caderno. Do meu maldito jeito eu juro que tentei fazer o meu coração bater, só espero que tenha ouvido a canção que ele fez para você, escondi a letra atrás de minhas botas negras, quando passou a mão em meu peito, sei que viu o sinal dessa guerra, mas agora estou em casa, não há fragmentos de dor quando você faz aqueles sons em meu ouvido, quando me aperta as costas, a armadura cai, quando pega em minhas mãos, as armas ficam sob o chão onde cansei de cantar minhas dores, e agora a cama que servia para descansar o corpo sangrento, serve para descrevermos nosso secreto amor.... o Herói da guerra foi você.

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