quinta-feira, 31 de maio de 2012

Fim da celebração do dia da mentira em meu calendário



Hoje resolvi parar de mentir para mim, então vamos lá, mostrarei coisas as quais não queria me importar mais... Através de todas aquelas fotos, e todas as cartas rasgadas, havia algo diferente gritando, pedindo por atenção no meu chão, na verdade nunca senti o que sinto hoje, sempre desprezei as dores achando que elas passariam com o inverno, noites longas e solitárias foram que fizeram essas máscaras e o conjunto de mentiras que você viu em meu guarda-roupas... 
Confesso que quando me escondi em meu quarto foram longas horas sozinho, lá era como o covil do monstro, sim, errei tanto que chegaram a me nomear assim, em meus longos pesadelos o "monstro" era você, pois quem chorava era eu. Aprendi a esquecer mas, em alguns momentos temos que encarar a verdade. Descobri que o demônio que batia em minha porta não queria sangue, e sim me dizer como seria a vida, bem, isso e os outros guardei em minha gaveta, nem as cinzas sobraram. Gritei tão alto mas vi que o frio lá fora afastava todos de mim. Você disse "Adeus" eu disse "Não esqueça sua mala", lá tinha coisas que me machucariam mais que qualquer ilusão, nada nunca foi o bastante para me fazer crer em seu maldito livro, e essa é a lição que deixo quando fecharem a tampa da minha cama. 
Se eu estiver chorando, fale a meu irmão que estou bêbado, pois mais uma vez minto sobre minha fraqueza, e se eu me desesperar quando o sol fugir, apenas ignore, para todos isso sempre foi fácil.  Quando me vi, disse que iria mudar, prometi mudar, mas não precisei mentir de novo, algo simplesmente me completou, me mostrou que havia algo depois do inverno, isso minhas mãos não controlavam, elas nem ao menos controlavam as notas que saiam do meu velho violão, elas pareciam tão felizes quase não acreditei que era eu, mas nesse caminho aprendi que bons amigos podem se tornar estranhos, querendo eu ou não. 

"Que demônios gritem por mais mil dias..."


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