segunda-feira, 4 de junho de 2012

Esperança do Aflito



Ele caminhava pelas ruas frias e escuras de algum lugar não muito longe de sua casa, segurando de uma forma forte a sua mochila, lá estava tudo o que ele conhecia e sabia sobre a vida, e pedras na rua era o que não faltava, mas com tropeços o jovem já estava acostumado. Caçado de perto como um verme é caçado pro um pássaro, ele resolveu andar mais rápido, perto de todos os temores e fantasmas sua alma se fechava, e um sorriso amarelo talvez se abriu em sua face, uma face com olhares diferentes a cada pessoa, um rosto indecifrável, com uma boca maldita que guardava presas manchadas de sangue, talvez de uma noite em que ele resolveu não voltar para a casa.
Sussurros que lembravam mais gemidos de fim de vida, era o que ele dizia ouvir enquanto caminhava, enquanto pisava nos próprios sonhos se lembrou que "ela" não voltaria mais, o vento forte jogava seu longo cabelo em sua face, cobrindo suas presas que hoje choravam ao dizer: "ela não voltará mais". De um forma estranha e talvez única ele caminhava por uma rua não muito longe de sua casa, com a mente cheia de coisas que ele não queria, e um coração que não sabia diferenciar sua própria alma da alma de um verme, aquele sorriso se abriu de novo, quer dizer, seus vizinhos diziam que aquele sorriso demoníaco era o que fazia chover na vida deles, diziam que aquelas músicas não o levariam para o céu, ele pensava e dizia "Não preciso de seu Deus, já conheço mentiras o suficiente para levar a minha vida", ele estava errado, ainda tinha que pisar em muitas pedras para chegar em casa,
Rosas apodreciam em suas mãos, roupas sempre com tons de preto e cinza tornavam a sua chegada deprimente, as músicas o tornavam cada vez mais perturbado, os gritos cada vez mais alto, aonde está ela? A garota que comoveu a espírito torto, aonde está? Ele decidiu a encontrar... Pela primeira vez chorou, mas sorriu, segundo suas crenças ele a encontraria em um vale com árvores de outono, e caminharia de mãos dadas, ele segurou forte sua mochila com todas aquelas fotos dela, era tudo o que tinha de verdade, respirou e pulou em direção ao chão, a corda não o deixou cair... 


Nenhum comentário:

Postar um comentário