terça-feira, 12 de junho de 2012

Sorriso Cativante




Desprivilegiado da vida, crosta de verdades que escondi nas ondas da noite, e talvez no tom atrás do cinza claro, me imaginando dormir, sobre uma caixa em um mar, talvez eu veja um novo verão igual ao que a minha princesa me explicou. Atrás do rubi tinham as cinzas que deixamos de momentos simples mas complexos que vivi em minha mente, e atrás da porta novamente ouço você em sua fixação suspirando por mim, me imaginei vivendo em um campo de rosas, e pelo buraco uma imagem simples, a minha dama perto mas longe, talvez uma barreira que eu quebre com o tempo. Depois de todos esses anos, aprendi a caminhar novamente, após todos esses anos vivi momentos bons de novo.
Aqueles planos que havia escrito, me assustei quando me vi atrás de um sol novamente, e o seu universo seco, e com trapos limpos, me ensinou a não me temer mais na frente do espelho, vi uma imagem seca, com marcas de choro, e faixas que escondiam lembranças, mas ela estava sorrindo, lentamente me direcionei ao violão e escrevi mais coisas sobre aquelas suas palavras da noite passada, gritei e pulei, mas foi, dessa vez, algo mais limpo, nada parecido com a aflição da semana passada, em que vi meu perdão escorrendo pelo meu braço, quer dizer, não ouço mais nada caindo.   
A ausência de todos aqueles fantasmas me deixaram "limpo", e mais focado para encarar o que vivia (vivo), sinto falta deles, mas nada me supri mais que seu sorriso de canto, e todas aquelas promessas que encheram um quarto vazio de esperança.
 E de repente, você me pega, me pucha, me torce, me cura... Me vi novamente brilhando, e podendo relatar o que as noites em bueiros me ensinaram, toda a agressividade se tornou "autoestima", volto a rugir, volto a esquecer minhas sentenças, e no final da história, no final da minha história, é apenas um cara com uma jaqueta de couro, e sua donzela nos braços, assim terminaria a história com um belo por do sol, em que todos nos olhassem, todos lá de baixo nos olhassem. 


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